Quando os integrantes da próxima Operação Antártica desembarcarem, em outubro, na estação Comandante Ferraz, encontrarão a casa arrumada, laboratórios prontos, equipamentos com manutenção em dia e comida quente na mesa. O chefe da estação, capitão de fragata Wagner Machado, está lá desde o ano passado e atualmente enfrenta seu primeiro inverno austral. Num raro dia aberto, ele conversou com repórteres por videoconferência. Fora das instalações a temperatura rondava os 10ºC negativos. Na sala de reuniões, agradável 22º positivo.
“Quando recebemos visitantes estrangeiros, eles ficam impressionados com a nossa estação, com a nossa capacidade de fazer pesquisas, com o nosso desenvolvimento tecnológico. É um nível de conforto que não existe nas estações que funcionam aqui, nesta parte da Antártida. “, diz o Capitão Machado.
A atual estação antártica não se parece em nada com as instalações anteriores, destruídas no incêndio de 2012. A imponente estrutura retangular projetada pela empresa paranaense Estudio 41, de Curitiba, domina a paisagem gelada. São 4.500 m² de área construída (o anterior tinha 2.500 m²) divididos em seis setores. A estação abriga 14 laboratórios de pesquisa e monitora remotamente outros três, instalados em pontos isolados da região.
Como chefe e “zelador” da estação, o Capitão Machado cumpre também a função informal de embaixador do Brasil na Antártica, terra sem governos, administrada por um consórcio de países, e que sofre grande pressão internacional para que seus recursos naturais possam ser explorados . . O Tratado da Antártica, porém, estabelece uma série de restrições às atividades econômicas no continente. O Brasil, historicamente, defende que a região permaneça sob administração coletiva, protegida de pressões geopolíticas.
“O trabalho que fazemos aqui vai além do que fazemos na Marinha, temos uma visão clara disso. Recebi tripulações de navios peruanos, chilenos, equatorianos, colombianos, e temos esse papel de relações exteriores aqui na Antártica. Tem dono. O espírito é de colaboração, de apoio a qualquer militar ou pesquisador que venha aqui, na estação.”
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