Denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná aponta que o ex-namorado de Isabelly Aparecida Ferreira Moro, jovem agredida com soda cáustica, foi o responsável pelo crime. Segundo a investigação do MP, o ex-companheiro de Isabelly, cujo nome não foi divulgado, está preso por outros crimes e, mesmo preso, planejou o crime e apoiou os atos preparatórios, convencendo a atual esposa a aderir ao plano e realizar o crime. .
As provas foram obtidas por meio da análise de mensagens de celular da autora do crime, Débora Custódio, 22 anos, atual companheira do ex-namorado de Isabelly, que havia sido presa pela Polícia Militar do Paraná (PM-PR) dois dias após o ataque. Áudios armazenados no celular demonstram que o homem de 28 anos foi o mandante do crime.
A Polícia Civil declarou a prisão preventiva do suspeito e abriu novo inquérito policial para apurar sua conduta. O Ministério Público se mostrou favorável à decretação da prisão e, após concluídas as diligências investigativas necessárias, apresentou denúncia contra ele, acusando-o do crime de homicídio qualificado na modalidade tentada.
O arguido já tem condenações por crimes anteriores, estando em prisão preventiva desde 23 de fevereiro de 2024 por roubo com arma branca, pelo qual foi recentemente condenado em primeiro grau.
O ataque contra Isabelly ocorreu no dia 22 de maio em uma rua de Jacarezinho, no Norte Pioneiro do Paraná, quando a vítima voltava da academia e foi atingida com soda cáustica. A jovem estava internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Um dia após o crime, familiares da suspeita contataram a polícia para denunciar seu desaparecimento. Segundo a delegada Caroline Fernandes, “informaram que ela havia desaparecido e não voltou para casa desde o dia dos acontecimentos, algo inusitado, pois ela sempre teve muito cuidado com os filhos”.
A polícia fez buscas na residência do suspeito e encontrou as roupas e a peruca usadas no dia do crime. “A avó da suspeita foi interrogada e disse que havia duas perucas na casa, mas percebeu que uma delas havia sido levada pela neta na manhã do crime”, detalhou o delegado.
Desde o dia do crime, a mulher estava escondida em um arbusto. A Polícia Militar a localizou após ela pedir socorro no pátio de um hotel da região, onde contou uma história incoerente, alegando estar sendo perseguida por homens.
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