Mais uma vez uma viagem com um animal de estimação se tornou uma história trágica. A cadela Gaia, um golden retriever de 5 anos, morreu no final de junho durante uma viagem entre São Luís (MA) e São Paulo (SP) realizada por uma empresa que transporta animais por via terrestre. O caso está sendo investigado pela polícia maranhense.
Os tutores de Gaia se mudaram para a capital paulista e contrataram o serviço de transporte terrestre da empresa MooviPet para realizar o trajeto. Os responsáveis tinham medo de que algo acontecesse com a dourada caso ela fosse de avião, medo que cresceu nos últimos meses após a morte do cachorro Joca, em abril.
Gaia embarcou na viagem no dia 26 de junho, em São Luís. A viagem parecia correr conforme o esperado, quando os proprietários receberam a notícia de que o veículo havia quebrado no Pará. A notícia de que o cachorro havia morrido chegou no final do dia.
Segundo a família do dourado, a MooviPet não deu explicações sobre a morte, o que levou os tutores a criarem o perfil “Justiça Pela Gaia” para denunciar e cobrar respostas para o caso. “Até o momento a empresa não nos enviou nenhuma documentação, fotos ou vídeos de Gaia, nem atestado de óbito, até tentaram obter esse atestado na clínica de São Luís, que a mantinha sob refrigeração”, diz a publicação.
Após a morte inexplicável, o pesadelo dos guardiões não acabou. Segundo postagem feita no Instagram @justicapelagaia, a empresa não quis entregar o corpo. “Sugerir incinerá-lo ou mesmo descartá-lo na estrada, só Deus sabe como”, relata o post. O corpo de Golden foi entregue no dia 30 de junho em uma caixa de isopor embrulhada em saco plástico. Os responsáveis registraram boletim de ocorrência e aguardam o resultado da autópsia.
MooviPet não se posicionou publicamente e desativou os comentários do Instagram. Entramos em contato com a empresa. Em caso de devolução, o relatório será atualizado.
Mais relatórios
Após a repercussão do caso Gaia, outras denúncias contra a MooviPet ganharam destaque.
Uma das vítimas foi Messi. O golden retriever embarcou em João Pessoa (PB) com destino à capital paulista no dia 5 de maio. Segundo o proprietário, o animal morreu no dia 10 de hipertermia.
Em 2023, Golden Burke, de 2 anos, também morreu durante uma viagem feita pela empresa. Os tutores destacaram que ele estava saudável e com os exames exigidos pela empresa em dia no dia 1º de fevereiro, data da viagem. “Burke também havia feito limpeza nos dentes recentemente, queria chegar em Fortaleza lindo, sim, ele iria para casa em Fortaleza, pegar ondas nas lindas praias de lá”, relata post no Instagram feito por Gyselle Valente, tutora de Burke.
Segundo a postagem, a empresa afirmou que Burke morreu dois dias após o embarque. A resposta foi que o dourado estava estressado, teve febre e teve parada cardíaca.
Tutor do Joca fala
Nas redes sociais, João Fantazzini, dono do cachorro Joca, se pronunciou sobre o caso. “Eles trataram Gaia como uma mercadoria”, disse ele. “É uma crueldade surreal.”
Em relato emocionado, ele afirmou que a notícia o fez reviver o dia em que perdeu a companheira. Fantazzini também fez um pedido a Gaia, Messi, Burke, Pérola e outras vítimas de transportadoras: “Queria pedir desculpas pelo ser humano ser tão cruel e dizer para vocês brincarem muito com o Joca aí em cima”.
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