O procurador de Minas Gerais, Bruno Resende Rabello — que tentou agredir uma caixa de cinema em Belo Horizonte e a humilhou — enfrenta uma ação judicial por conta de um débito de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) orçado até o final do ano passado em pouco mais de R$ US$ 24 mil.
Na noite de segunda-feira (7/8), a Procuradoria-Geral da República (AGE-MG) cuspiu na funcionária após ela se recusar a levar pipoca para ele em uma das salas de cinema localizadas no Diamond Mall, no bairro Santo Agostinho, no Centro. -Região Sul da capital.
Trabalhando no Gabinete de Direitos, Obrigações e Bens Difusos (PDOP), Rabello recebe pouco mais de R$ 24 mil de remuneração líquida todos os meses, segundo dados do governo no portal de transparência.
O processo de cobrança de impostos teve início em setembro de 2023. Em dezembro do mesmo ano, a Procuradoria Municipal protocolou na Justiça um pedido de suspensão do processo após Rabello ter feito acordo de pagamento parcelado. Na época, a dívida era de R$ 24,5 mil, segundo assessores do Forum Lafayette.
Por isso, no dia 16 de janeiro deste ano, a juíza Simone Lemos Botoni, que atua na 1ª Vara Tributária do Município, determinou a interrupção da execução fiscal, que poderá ser retomada em caso de descumprimento do definido entre as partes. O tribunal, porém, não forneceu detalhes sobre os termos do acordo e o prazo relativo ao valor da dívida.
Procurada pela reportagem para obter atualização sobre o valor devido, a Prefeitura de Belo Horizonte não atendeu a demanda, mas confirmou que “há uma ação em nome de Bruno Resende Rabello, que foi suspensa em razão do acordo de parcelamento da dívida executado”.
Ó Estado de Minas Ele também tentou contato com o Ministério Público por telefone e mensagens, mas não obteve resposta até o fechamento desta publicação. O espaço permanece aberto para manifestações.
O que diz a Polícia Militar?
Segundo o boletim de ocorrência, o funcionário de 25 anos disse à polícia que o homem chegou ao caixa, socou o balcão e gritou que “queria sua pipoca”. Ela disse que entregou a comida ao cliente, mas ele gritou ainda mais. Além disso, ele ordenou que ela entregasse o refil de pipoca no cinema onde ele estava naquele momento. A funcionária explicou que não poderia obedecê-lo porque esse não era o procedimento do estabelecimento.
Depois disso, segundo a funcionária, o homem começou a filmá-la e disse que ela era “obrigada a fazer o que ele mandava”. Ela respondeu que não autorizou as filmagens. A cliente então teria dito que era incompetente, cuspiu na cara dela e até tentou agredi-la três vezes. O gerente do cinema chamou a polícia e o promotor fugiu do local.
Em nota, a Cinemark lamentou o ocorrido e informou que está prestando total apoio ao colaborador. “A rede também está colaborando com as investigações, disponibilizando imagens de segurança às autoridades”.
A direção do shopping informou que o incidente ocorreu dentro das dependências da Cinemark e que, assim que acionada, acompanhou o caso e deu o suporte necessário. “O shopping lamenta profundamente o ocorrido e repudia qualquer caso de violência”, afirmou em comunicado.
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