As manchas na pele podem ser causadas por diversos fatores, como acne, queimaduras, exposição solar, alterações hormonais, envelhecimento, etc. Geralmente, o escurecimento ocorre devido a uma anormalidade na pigmentação natural da pele. Porém, alguns deles podem ser amenizados e até tratados com o uso de alguns tipos de ácidos.
“Podemos investir em tratamentos para clarear manchas e controlar o melasma, dermatose comum em mulheres durante a gravidez e caracterizada por manchas escuras e simétricas que aparecem nas maçãs do rosto, testa, nariz e lábio superior. E os ácidos aparecem como boas opções, pois oferecem efeitos de renovação celular ou clareamento de manchas”, destaca Dra. Mônica Aribi, dermatologista e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
1. Ácido azelaico: para ação clareadora
O ácido azelaico é uma opção terapêutica que pode ser utilizada inclusive durante a gravidez para prevenir, melhorar, controlar e clarear o melasma, segundo a dermatologista. “Esse ácido atua nas células produtoras de pigmentos (melanócitos), interrompendo essa atividade e seu desenvolvimento. É um princípio ativo que atua no excesso de pigmentação, e não no pigmento normal da pele, inibindo uma enzima chamada tirosinase, que atua e estimula o processo de produção de melanina, pigmento que dá cor à pele”, explica o Dr. Mônica Aribi. Esta substância pode ser usada no rosto e no corpo.
2. Ácido retinóico: para renovação celular
Sem ação clareadora direta, esse ácido é indicado para melhorar a renovação celular, o que “elimina” as células manchadas da superfície. “Devido a esse efeito renovador, pode ser utilizado em associação com outras substâncias clareadoras com o benefício de trazer à superfície células livres de manchas”, afirma a especialista. É necessário ter cautela e orientação médica ao usar esse ácido, que é fotossensível. Portanto, no dia seguinte ao uso desse ácido, a aplicação do fotoprotetor é fundamental.
3. Ácido glicólico: para ação esfoliante
Forte aliado contra manchas, devido ao seu forte capacidade esfoliante, esse ácido se decompõe e reduz a adesão entre as células da primeira camada, abrindo portas de entrada para penetração de tudo que está com ele. “Portanto, pode ser um complemento para atuar contra manchas, pois reduz a espessura da pele e facilita o trabalho de substâncias clareadoras”, afirma Dra. Mônica Aribi.
4. Ácido kójico: para um efeito despigmentante natural
Permitido durante o verão e durante o período gestacional, esse ácido é derivado de diversas espécies de fungos e é considerado de extrema importância para o tratamento de manchas. “É um poderoso agente despigmentante natural e inibe a ação da tirosinase, promovendo a redução da formação de pigmentos, podendo ser utilizado sinergicamente com diversos outros ativos clareadores para potencializar os resultados”, explica a profissional.
5. Ácido ascórbico: para ação antioxidante
A famosa vitamina C é um poderoso antioxidante. “Este ácido uniformiza o tom da pele e tem dois ações importantes no clareamento: inibe a atividade da enzima tirosinase, responsável pela síntese da melanina, e tem efeito protetor contra a radiação UV, pois a fotoexposição gera espécies reativas de oxigênio, que desencadeiam a produção de pigmentos na pele. Prefira fórmulas que visem manter a estabilidade da vitamina, pois o composto é quimicamente instável e perde rapidamente suas propriedades em contato com luz, oxigênio e calor”, destaca Dra. Mônica Aribi.
Consulte sempre um especialista
Embora sejam facilmente encontrados em farmácias e lojas online, é preciso ter cuidado ao usar os ácidos. Dra. Mônica Aribi ressalta que consultar um dermatologista é fundamental, pois, além de recomendar o tratamento mais adequado, o especialista também pode recomendar o uso de lasers de baixa potência, que auxiliam no tratamento de manchas. “Portanto, escolha produtos recomendados pelo seu médico”, finaliza a dermatologista.
Por Guilherme Zanette e EdiCase Editorial
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