A jornalista Mariana Martins informou, nesta terça-feira (31/07), que teve uma infecção bacteriana após passar por uma cirurgia de troca de silicone em março. Segundo ela, os primeiros dias após a cirurgia foram tranquilos, mas depois começou a sentir o seio direito “mais quente”. A equipe médica que acompanha a jornalista destacou que a suspeita é de que ela tenha sido infectada por uma micobactéria.
“O infectologista me disse que existem mais de 200 tipos de micobactérias. ‘Mal posso esperar 60 dias para começar a tratar você. Vamos começar com antibióticos e podemos mudar o tratamento conforme os resultados saírem'”, disse o jornalista , que toma dois antibióticos a cada 12 horas. Ela também teve que fazer uma cirurgia para remover as próteses.
Para o Correspondência, o infectologista André Bon, do Hospital Brasília, da rede Dasa no Distrito Federal, explica que as micobactérias são bactérias reconhecidamente difíceis de diagnosticar e tratar devido ao seu crescimento lento e perfil complexo de sensibilidade. O mais comum é o Mycobacterium tuberculoseque causa formas clínicas de tuberculose.
“Dacticamente, costumamos dividir as micobactérias entre as do complexo tuberculoso e as micobactérias não tuberculosas, doravante denominadas MNT. As micobactérias não tuberculosas podem causar uma série de infecções, desde doenças pulmonares que se assemelham à tuberculose em sua apresentação clínica até infecções relacionadas a procedimentos de saúde que irão causar infecções no órgão afetado”, afirma o especialista.
Segundo o infectologista, infecções causadas por Mycobacterium tuberculose complexo são muito comuns, sendo o Brasil considerado pela Organização Mundial da Saúde um dos países com maior carga de doenças no mundo.
“As infecções por MNT são menos frequentes. Podem ocorrer como infecções pulmonares esporádicas, de difícil diagnóstico e tratamento, devendo ser suspeitadas em pneumonias sem etiologia definida e sem resolução com os tratamentos habituais. As infecções de pele geralmente estão relacionadas a algum fator precipitante, como como traumas locais com inoculação de micobactérias, piercings ou procedimentos cirúrgicos”, destaca André.
Micobactérias em procedimentos cirúrgicos
As infecções micobacterianas após procedimentos cirúrgicos e estéticos não são comuns, mas têm sido amplamente descritas na literatura e surtos esporádicos foram identificados em todo o mundo, inclusive no Brasil.
“Em procedimentos cirúrgicos, piercings e traumas locais, os sintomas estão especialmente relacionados ao local da manipulação. Portanto, podem ocorrer diversos sinais e sintomas, desde vermelhidão e dor na pele com ou sem secreção em casos de procedimentos estéticos e piercings , até mesmo infecções cavitárias com formação de abscessos em casos de cirurgias laparoscópicas ou próteses”, afirma o especialista.
“O tratamento geralmente é realizado por pelo menos 12 meses com uma combinação de antimicrobianos que são definidos de acordo com a espécie da MNT e seu perfil de sensibilidade. Além disso, em muitos casos, procedimentos cirúrgicos para desbridamento e remoção de tecido infectado são fundamentais para o sucesso terapêutico. “, ele adiciona.
Veja a reportagem do jornalista:
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
pan cred login
whatsapp download blue
bpc consignado
pague menos png
abara png
picpay baixar
consignado do auxílio brasil
empréstimo sem margem inss
inss credito
bpc loa