Os exoplanetas – estrelas que orbitam uma estrela fora da Via Láctea – abrigam mais água do que se pensava anteriormente, diz um estudo publicado na revista Nature Astronomy. Durante muito tempo, a busca por objetos potencialmente habitáveis concentrou-se no conhecimento dos cientistas sobre a Terra: um planeta com um núcleo de ferro rodeado por um manto de rochas de silicato e oceanos na superfície. No artigo, os pesquisadores defendem novas abordagens que considerem depósitos em águas profundas.
Cálculos de pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, mostram que a distribuição do recurso essencial à vida ocorre de forma complexa nos exoplanetas. A maioria desses objetos está localizada perto da sua estrela: isto significa que compreendem oceanos quentes de magma derretido. A água se dissolve neste material, ao contrário do que acontece na Terra, onde as gotas evaporam.
Elevador
O modelo de Princeton sugere que, nos exoplanetas, a dinâmica é diferente. “A água sequestrada na ‘sopa de magma’ combina-se com gotículas de ferro do núcleo e afunda com elas”, diz Caroline Dorn, professora de exoplanetas e autora do estudo. “As gotículas de ferro se comportam como um elevador, transportadas para baixo pela água”, explica.
Segundo Dorn, os dados do exoplaneta TOI-270d são particularmente interessantes. “Foram coletadas evidências da existência real de tais interações entre o oceano de magma em seu interior e a atmosfera”.
A distribuição da água também é importante para a compreensão de como os planetas se formam e se desenvolvem. O líquido que afundou no núcleo permanece preso lá para sempre. No entanto, o magma dissolvido no manto oceânico pode liberar gases e subir à superfície durante o resfriamento da camada. “Portanto, se encontrarmos água na atmosfera de um planeta, provavelmente há muito mais no seu interior”, diz Dorn.
A professora lembra que esta é uma das missões do Telescópio Espacial James Webb. “Por enquanto, apenas a composição das atmosferas superiores dos exoplanetas pode ser medida diretamente. Queremos fazer a conexão entre a atmosfera e as profundezas internas dos corpos celestes. Nosso estudo lança uma nova luz sobre a existência potencial de mundos abundantes em água que poderia sustentar a vida.”
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