Nova pesquisa revela como as bactérias Clostridioides difficile (C. diferença), uma ameaça à saúde global, está a desenvolver rapidamente resistência à vancomicina, o antibiótico de primeira linha para tratar a infecção.
O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade de Sheffield e da Universidade de Manchester, mostrou que a bactéria pode se tornar imune a concentrações 32 vezes maiores do antibiótico em menos de dois meses. Esta rápida evolução é motivo de preocupação, uma vez que a vancomicina é um dos principais tratamentos disponíveis.
O C. diferençafrequentemente associado ao uso de antibióticos, causa cerca de 2.000 mortes anualmente no Reino Unido. A resistência à vancomicina pode levar a um aumento significativo de reinfecções, que vão desde diarreia até colite pseudomembranosa, uma vez que o tratamento actual também elimina bactérias benéficas do intestino.
A falta de monitorização regular da resistência em ambientes hospitalares agrava o problema, dizem os investigadores, permitindo que as estirpes resistentes se espalhem despercebidas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a resistência antimicrobiana como uma das maiores ameaças à saúde global.
Jessica Buddle, estudante de doutoramento na Universidade de Sheffield e principal autora do estudo, disse: “Nossas descobertas destacam a necessidade de monitoramento vigilante da resistência à vancomicina em hospitais. A resistência descontrolada pode contribuir para o grande número de pacientes que têm uma infecção recorrente após tratamento bem-sucedido com vancomicina Mais pesquisas são essenciais para informar a política de saúde e determinar se a vancomicina continua sendo a melhor opção de tratamento”.
Os investigadores sublinham a necessidade de vigilância contínua para evitar que a vancomicina deixe de ser uma opção de tratamento eficaz. Estudos futuros irão investigar os mecanismos de resistência e como eles afetam a capacidade da bactéria de causar doenças graves.
Embora a rápida evolução seja preocupante, os cientistas observaram que as cepas resistentes apresentam algumas desvantagens, como a dificuldade em formar esporos, essenciais para a transmissão da bactéria.
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