Cientistas norte-americanos observaram que células da pele extraídas de embriões de rãs mortas eram capazes de se adaptar às novas condições num recipiente de laboratório de vidro ou plástico. Com isso, os pesquisadores sugeriram a existência de um “terceiro estado”, que está além das fronteiras tradicionais da vida e da morte.
“Em nossa revisão publicada recentemente, descrevemos como certas células – quando supridas de nutrientes, oxigênio, bioeletricidade ou sinais bioquímicos – têm a capacidade de se transformar em organismos multicelulares com novas funções após a morte”, afirmam os autores em resumo publicado no site. A conversa.
A pesquisa, publicada originalmente na revista científica Fisiologiademonstra a plasticidade inerente aos sistemas celulares e desafia a ideia de que células e organismos só podem evoluir de maneiras predeterminadas. Nesse sentido, o terceiro estado sugere que a morte do organismo pode desempenhar um papel significativo na forma como a vida se transforma ao longo do tempo.
“O terceiro estado não oferece apenas novos insights sobre a adaptabilidade das células. Também oferece perspectivas para novos tratamentos. É importante ressaltar que esses organismos multicelulares têm uma vida útil finita, degradando-se naturalmente após quatro a seis semanas. Uma melhor compreensão de como algumas células continuar a funcionar e a metamorfosear-se em entidades multicelulares algum tempo após a morte de um organismo é uma promessa para o avanço da medicina personalizada e preventiva”, destaca o estudo.
Vários factores influenciam se as células e tecidos podem sobreviver e funcionar após a morte de um organismo, tais como condições ambientais, actividade metabólica e técnicas de preservação.
“A atividade metabólica desempenha um papel importante na capacidade das células continuarem a sobreviver e funcionar. Células ativas que requerem um fornecimento contínuo e substancial de energia para manter sua função são mais difíceis de cultivar do que células com menores necessidades energéticas. Preservação, como como a criopreservação pode permitir que amostras de tecidos, como a medula óssea, funcionem de forma semelhante às provenientes de doadores vivos”, dizem os cientistas.
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