Diante da possibilidade de pacientes com câncer desenvolverem metástases — condição que ocorre quando a doença se espalha por todo o corpo — os cientistas buscam entender e identificar o caminho percorrido pelas células cancerígenas durante o processo de desprendimento do tumor principal e se alojarem em outros órgãos e tecidos.
O professor Adam Siepel do Laboratório Cold Spring Harborlocalizada em Nova York, Estados Unidos, mobilizou seu grupo para desenvolver uma melhor compreensão desse processo. A equipe se concentrou no câncer de próstata.
O resultado do estudo, divulgado esta semana, foi intitulado “Rastreamento de linhagem clonal com entrega somática de códigos de barras graváveis revela histórias de migração de câncer de próstata metastático“.
O que foi descoberto
Usando a tecnologia, a equipe de Siepel criou códigos de barras nas células para rastrear as vias pelas quais o câncer de próstata se espalha pelo corpo. Foi analisado que a maioria das células cancerígenas permanece dentro do tumor e, portanto, não se espalha pelo corpo como metástase.
Um pequeno grupo de células agressivas, entretanto, migra para os ossos, fígado, pulmões e gânglios linfáticos. Siepel diz que a nova tecnologia oferece uma enorme melhoria em relação aos métodos anteriores.
No passado, os pesquisadores usaram uma combinação de técnicas de imagem e sequenciamento do genoma completo. Mas isso, segundo Siepel, não garantia que as leituras fossem precisas. Os códigos de barras, acrescenta Siepel, tornam possível a leitura de informações de rastreamento precisas sobre como o câncer se espalhou desde sua origem até os tecidos para os quais ocorreu metástase.
“Estabelecemos a base fundamental da biologia molecular para que muitas outras questões sejam respondidas. Esta é a fase inicial de um projeto muito maior, onde os nossos colegas estão a expandir este trabalho para outros tipos de cancro, e estamos a começar a olhar para intervenções terapêuticas para metástases.”
A leitura, segundo os pesquisadores, fornece uma imagem mais clara de como o câncer se espalha. E essa clareza pode preparar o terreno para novos avanços no tratamento. Estes avanços podem contribuir para o desenvolvimento de terapias novas e mais direcionadas. “Há um longo caminho a percorrer, mas um dia, mapear a propagação do cancro poderá significar pará-lo”, conclui Siepel.
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