Por que não conseguimos encontrar sinais de vida inteligente no Universo? Um novo estudo, liderado por Amedeo Balbi, da Universidade de Roma Tor Vergata, indica que as civilizações extraterrestres podem já não estar vivas no momento em que são encontradas.
A investigação, publicada em formato pré-impresso, ainda não foi revista por pares, mas sugere que as civilizações inteligentes provavelmente chegaram ao seu fim devido às alterações climáticas no planeta em que viviam.
Em seu estudo, os cientistas buscam responder parcialmente ao paradoxo de Fermi, batizado em homenagem ao físico italiano Enrico Fermi, que diz: “Onde estão todos?”. O paradoxo é uma contradição entre a probabilidade da existência de civilizações extraterrestres e a falta de provas. Em outras palavras, o Universo é grande demais para que não existam outras formas de vida inteligente, mesmo que não haja evidências disso.
A nova pesquisa afirma que, no Universo, os acontecimentos obedecem às leis da termodinâmica, que dizem que tudo caminha para a desordem. Não importa quão eficiente seja a geração de energia, ela sempre produzirá perda de calor. Ou seja, as civilizações tecnológicas sempre encontrarão problemas semelhantes aos enfrentados pela humanidade neste momento: um planeta que se torna inabitável.
“Nossa análise sugere que, se a taxa de crescimento energético for da ordem de 1% ao ano, a vida útil máxima dessas supostas tecnosferas é efêmera em comparação com a evolução estelar”, escrevem os cientistas no artigo. “O limite superior da vida útil das tecnosferas é relativamente insensível ao tipo de espectro estelar e dura apenas centenas de anos.”
Isto significa que poderemos receber sinais destas civilizações no futuro, quando elas já estiverem mortas há muito tempo — uma vez que as informações do outro lado do Universo devem viajar anos-luz para chegar à Terra.
Outras possibilidades
No entanto, os cientistas apontam para outras trajetórias possíveis para civilizações avançadas, que podem adotar estratégias para aumentar drasticamente a sua longevidade, aprendendo a viver dentro das suas possibilidades e reduzindo o consumo de energia.
“Se uma espécie escolhesse o equilíbrio, aprendesse a viver em harmonia com o seu ambiente, essa espécie e os seus descendentes poderiam sobreviver talvez até mil milhões de anos”, disse ele ao Ciência Viva o astrofísico Manasvi Lingam, coautor do estudo.
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