O segredo para perder peso pode estar em uma combinação de 14 “genes magros”, descobriram pesquisadores da Universidade de Essex, na Inglaterra.
Nó estudar Variações genotípicas associadas a mudanças na massa corporal em resposta ao treinamento resistidoem tradução livre, a equipe de pesquisa submeteu 17 pessoas a uma rotina de atividades físicas durante meia hora, três vezes por semana, durante oito semanas. Os 17 participantes perderam, em média, 2 kg. Os participantes com mais genes propensos à perda de peso perderam massa corporal de até 5 kg.
A pesquisa constatou que o gene PPARGC1A esteve presente nos participantes que mais perderam peso. Também mostrou que 62% dos quilos perdidos estavam relacionados com genes e 37% estavam relacionados com factores como exercício e estilo de vida.
Apesar dos resultados, Henrique Chung, um dos autores do artigo, destacou, em declaraçãoque fatores como estilo de vida e alimentação balanceada ainda são vitais para perder peso. “Este estudo destacou alguns genes importantes associados à redução do tamanho dos jeans, mas é importante lembrar que os genes não farão nada sem exercícios e mudanças no estilo de vida, pois estão todos interligados. não mostrará seu verdadeiro potencial, não importa quais genes você tenha.”
“Além da perda de peso, o exercício traz muitos benefícios – que vão desde a saúde mental até a aptidão cardiovascular – por isso aconselho a todos que continuem treinando, mesmo que não vejam diferença na balança”, disse.
Sobre o estudo
A pesquisa acompanhou 38 pessoas (17 mulheres e 21 homens), todas com idade entre 20 e 40 anos, escolhidas aleatoriamente.
Eles foram divididos em dois grupos: um grupo teste (17 pessoas) e um grupo controle (21 pessoas). O grupo teste realizou corridas de até 30 minutos, três vezes por semana, durante oito semanas, enquanto o grupo controle não fez exercícios.
Os resultados demonstraram uma redução relevante da massa corporal no grupo teste em comparação ao grupo controle, mas o que realmente nos chamou a atenção foi que a redução da massa corporal no grupo teste variou significativamente.
Das 17 pessoas do grupo de teste, os pesquisadores identificaram 14 genes, divididos em dois grupos: um associado a genes envolvidos no controle da dieta, adiposidade e/ou metabolismo energético (PPARGC1A; COL1A; CPT1B; BDNF; HCP5; SOD2; FGF5; SMAD3; TBX3) e outro associado a genes envolvidos na inteligência e/ou condições psicológicas, em particular depressão (CHRNA5; VRK2; LIN28B; TDRD9; POU3F2).
Dessas 17 pessoas, aquelas com mais genes do primeiro grupo (PPARGC1A; COL1A; CPT1B; BDNF; HCP5; SOD2; FGF5; SMAD3; TBX3) demonstraram maiores reduções na massa corporal após uma rotina de exercícios físicos de oito semanas.
O artigo, publicado na Research Quarterly for Exercise and Sportbaseia-se em um estudo anterior de Chung, que mostrou que o desempenho na corrida também está ligado à genética.
“Se pudermos compreender melhor o perfil genético específico de alguém, esperamos que isso se traduza em intervenções melhores e mais bem-sucedidas para melhorar os resultados de saúde”, acrescentou Chung.
*Estagiário sob supervisão de Talita de Souza
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