O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP), de 83 anos, foi diagnosticado com linfoma não-Hodgkin, tipo raro de câncer que afeta as células do sistema linfático, que faz parte do sistema imunológico.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o sistema imunológico ajuda o organismo a combater doenças. Como o tecido linfático é encontrado em todo o corpo, o linfoma pode começar em qualquer lugar.
A detecção precoce do câncer, como foi o caso do Suplicy, é importante para encontrar uma lesão ou tumor pré-canceroso em estágio inicial e, assim, proporcionar maiores chances de sucesso no tratamento.
A detecção precoce pode ser feita por meio de investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. Os sinais da doença incluem aumento dos gânglios linfáticos (nódulos) no pescoço, axilas ou virilha; suores noturnos excessivos; febre; coceira na pele e perda de peso superior a 10% sem causa aparente.
A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, uma combinação de imunoterapia e quimioterapia ou radioterapia. A quimioterapia consiste na combinação de dois ou mais medicamentos, administrados por via oral ou intravenosa.
A imunoterapia refere-se ao uso de medicamentos que visam especificamente um componente encontrado nas células do linfoma (por exemplo, o anticorpo anti-CD20, que é um antígeno encontrado nas paredes celulares de alguns linfomas).
A radioterapia é uma forma de radiação utilizada, em geral, para erradicar ou reduzir a carga tumoral em locais específicos, para aliviar sintomas ou também para reforçar o tratamento quimioterápico, reduzindo as chances de retorno da doença em locais mais propensos a recidivas.
O tratamento Suplicy
O deputado recebeu o diagnóstico em julho deste ano. Aos 83 anos, Suplicy iniciou o tratamento com imunoquimioterapia, que combina medicamentos intravenosos tradicionais com outros que estimulam o sistema de defesa do organismo para atacar as células cancerígenas.
O Ministério da Saúde destaca que a imunoterapia é uma modalidade de tratamento contra o câncer que visa combater a progressão da doença por meio da ativação do sistema imunológico do próprio paciente. A ideia é que, com o uso de medicamentos, o organismo do paciente elimine a doença de forma mais eficiente.
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