A edição de setembro da revista Ciência publicou pesquisa sobre o uso de corante alimentar para tornar a pele de camundongos temporariamente transparente, permitindo visualizar o funcionamento dos órgãos. Os cientistas acreditam que a descoberta poderá revolucionar a biomedicina, podendo até tornar as veias mais visíveis para a coleta de sangue.
A pesquisa conseguiu deixar transparente a pele do crânio e abdômen dos ratos, sem causar danos aos animais. Para isso, uma mistura de água e tartrazina — corante amarelo comumente encontrado em alimentos, como salgadinhos — foi aplicada na pele raspada do animal.
“Combinamos o corante amarelo, que é uma molécula que absorve a maior parte da luz, especialmente a luz azul e ultravioleta, com a pele, que é um meio de dispersão”, disse Zihao Ou, principal autor do estudo, em comunicado. “Individualmente, essas duas coisas bloqueiam a passagem da maior parte da luz através delas. Mas quando as juntamos, conseguimos obter transparência na pele do rato.”
“Olhando para o futuro, esta tecnologia poderá tornar as veias mais visíveis para recolha de amostras de sangue, tornar a remoção de tatuagens a laser mais simples ou ajudar na deteção precoce e no tratamento de cancros”, disse Guosong Hong, professor da Universidade de Stanford. e um dos responsáveis pela pesquisa. “Por exemplo, certas terapias utilizam lasers para eliminar células cancerígenas e pré-cancerosas, mas estão limitadas a áreas próximas da superfície da pele. Esta técnica pode melhorar a penetração da luz”.
Transparência
Os pesquisadores perceberam que as moléculas de tartrazina, quando misturadas à água e absorvidas pelos tecidos, aumentam a transmissão da luz na pele e reduzem a capacidade da luz de se espalhar pelo tecido, resultando em transparência.
“Demora alguns minutos para que a transparência apareça”, relatou Ou. “É semelhante ao funcionamento de um creme ou máscara facial: o tempo necessário depende da rapidez com que as moléculas se difundem na pele.”
A aplicação da fórmula pareceu não ter efeitos a longo prazo, com a pele retornando à opacidade normal logo após a lavagem da tinta. Os cientistas acreditam que injetar a fórmula pode ajudar a obter insights ainda mais profundos sobre os organismos.
Zihao Ou informou que é importante que o corante seja biocompatível e seguro para os organismos vivos, além de ser barato e eficiente, não exigindo muito para funcionar. Nenhum teste em humanos foi realizado ainda.
Clique aqui e leia o artigo original na íntegra.
*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori
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