As negociações sobre o financiamento da luta contra as alterações climáticas na COP29, a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, em Baku, no Azerbaijão, não estão a decorrer como planeado. O chefe interino do governo de Bangladesh e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2006, Muhammad Yunus, classificou a situação como “humilhante”. O principal objetivo da conferência das Nações Unidas é chegar a acordo sobre um aumento significativo dos investimentos para combater os problemas ambientais nos próximos anos, especificando montantes, quem paga e quais as condições.
Num momento em que os líderes mundiais pronunciavam frases impactantes nas salas de negociação, o texto mais esperado, sobre financiamento, continua repleto de espaços em branco. De acordo com o Acordo de Paris, para que os países em desenvolvimento possam apresentar metas ambiciosas de redução das emissões de gases com efeito de estufa, as nações mais ricas devem fornecer esses recursos. O primeiro bloco luta por um fundo de pelo menos US$ 1,3 bilhão, composto por doações. Ao mesmo tempo, as propostas desenvolvidas incluem principalmente empréstimos bancários. Foi apresentado um novo rascunho com 34 páginas.
“A nova meta de financiamento climático deve ser aprovada na COP29 e precisa apresentar melhorias tanto em quantidade quanto em qualidade”, destacou Carola Mejía, coordenadora da área Justiça Climática, Transições e Amazônia da organização civil Latindadd. “O objetivo deve ser enquadrado no quadro da justiça climática, garantindo que os principais doadores do Norte Global canalizem financiamento justo, acessível e isento de dívidas para os países do Sul.
A COP29 procura aprovar um aumento na ajuda actual que os países industrializados prestam aos que ainda estão em desenvolvimento, face às alterações climáticas. O valor atual é de pouco mais de US$ 100 bilhões, o equivalente a R$ 575 bilhões anuais, mas a ideia é obter um apoio de R$ 5,75 trilhões.
Presente de Deus
Depois de o anfitrião da reunião e presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, ter afirmado que o petróleo e o gás são “presentes de Deus” e ter acusado a França de “crimes” colonialistas na Nova Caledónia, no último confronto diplomático bilateral, anunciou ontem o ministro da Ecologia de França que não participaria mais nas negociações climáticas na COP29.
O texto final deve prever “uma meta de pelo menos 1 trilhão de dólares anuais, de financiamento sobretudo público, incluindo garantias sólidas de transparência (…) e objetivos separados de mitigação, adaptação e danos e perdas”, solicitou Fernanda Carvalho, especialista em negociações climáticas do Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
Segundo fontes próximas às negociações, a equipe regional latino-americana Aliança Independente da América Latina e do Caribe propôs ao grupo de trabalho uma parcela específica de ajuda para a região. “Os ministros terão de lutar na próxima semana”, previu David Waskow, do think tank WRI. “Não estamos aqui para mendigar”, disse o primeiro-ministro de Granada, Dickon Mitchell.
Para Muhammad Yunus, é humilhante “que as nações tenham que vir e pedir dinheiro para resolver (…) o problema que outros lhes causaram”. Depois da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, o clima na COP29 é mais moderado do que nas reuniões anteriores. No entanto, os EUA anunciaram que pretendem triplicar a capacidade de produção de energia nuclear até 2050. “Não existe uma alternativa única às energias fósseis”, disse a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que também apelou a uma visão “realista” e à desconfiança de qualquer energia muito política ideológica.
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