Associada aos medicamentos bloqueadores da puberdade, a terapia hormonal pode alterar o desenvolvimento esquelético dos adolescentes trans, aproximando suas características físicas das do gênero com o qual se identificam. A afirmação é de pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Amsterdã (UMC), na Holanda, que apresentaram um estudo na 62ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica, em Liverpool, no Reino Unido.
“Até onde sabemos, este é o primeiro estudo a explorar o efeito dos hormônios de afirmação de gênero e dos bloqueadores da puberdade nas dimensões pélvicas”, disse a principal autora do estudo, Lidewij Boogers, em comunicado. “Nossas descobertas sugerem que mudanças esqueléticas irreversíveis ocorrem durante a puberdade, e a intervenção precoce pode alinhar as estruturas esqueléticas mais estreitamente com o gênero afirmado”.
Dados
Os pesquisadores analisaram dados de 243 pessoas trans – 121 mulheres trans (designadas como homens ao nascer) e 122 homens trans (designadas como mulheres ao nascer). Os participantes foram categorizados de acordo com o tratamento que receberam: terapia hormonal com uso prévio de bloqueadores da puberdade, terapia hormonal sem bloqueadores da puberdade e pessoas não tratadas.
Os homens trans do primeiro grupo exibiram ombros mais largos e uma entrada pélvica menor em comparação com os homens não tratados. As mulheres trans nesta categoria também desenvolveram ombros menores e uma pélvis maior do que as participantes não tratadas. Segundo os pesquisadores, os dados sugerem que a intervenção precoce pode influenciar as dimensões do esqueleto tradicionalmente associadas à anatomia masculina e feminina.
Papel
“Os pesquisadores, mesmo com resultados primários, conseguiram demonstrar que o início da supressão hormonal precoce desempenha um papel importante no desenvolvimento de características esqueléticas que diferenciam os gêneros”, disse ele. Correspondência Cíntia do Couto Mascarenhas, endocrinologista de Brasília. “Os dados encontrados podem ajudar a compreender as condições que afetam não apenas as pessoas trans, mas o desenvolvimento esquelético e as características dependentes de hormônios em geral.”
A endocrinologista destaca que, embora sejam necessários mais estudos para consolidar os dados, a pesquisa “reforça a importância de considerar o momento ideal para iniciar a terapia hormonal em adolescentes trans”. “O estudo indica que a supressão puberal precoce permite alterações esqueléticas mais alinhadas ao gênero afirmado, como ombros menos largos em mulheres trans e proporções femininas na pelve.
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