Um estudo de campo, publicado recentemente na revista Poultry Science, revelou que um coquetel de vírus bacteriófagos pode reduzir significativamente a presença de Salmonella em granjas de frango no Brasil. Segundo a publicação, a descoberta representa um importante avanço na segurança alimentar e no controle de doenças em aves, principalmente porque o país é líder mundial na exportação de carne de frango.
A Salmonella é uma bactéria zoonótica, responsável por cerca de 150 milhões de infecções humanas anuais e 60.000 mortes em todo o mundo, segundo pesquisas. No Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, o controle da bactéria é essencial, tanto para a saúde pública quanto para manter a qualidade dos produtos destinados ao mercado internacional. Segundo o último monitoramento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), 14,8% das amostras de frangos apresentavam a bactéria, em 2023, sendo os sorovares —grupos— Minnesota e Heidelberg os mais comuns.
O papel viral
Bacteriófagos são vírus que atacam e eliminam bactérias de uma forma específica. O trabalho realizado pelo PhageLab desenvolveu a tecnologia INSPEKTOR® para combater os sorovares de Salmonella mais prevalentes no Brasil. O estudo foi realizado em 17 granjas comerciais do Paraná, com mais de 4 milhões de frangos, e acompanhou o uso do coquetel durante quatro ciclos de criação. O produto foi administrado através de água potável em três vezes ao longo dos 42 dias de cada ciclo.
Os resultados indicam que o composto conseguiu minimizar a carga de Salmonella em até 6 logs – cada redução de 1 log equivale a uma diminuição de 10 vezes na quantidade de bactérias. Isso significa que uma fazenda com 1 milhão de bactérias antes da aplicação do coquetel de fagos viu esse número cair para apenas uma bactéria após o tratamento. Além disso, a tecnologia apresentou efeito residual, com reduções contínuas de Salmonella até o final do ciclo, mesmo após a última aplicação, o que, para os cientistas, é muito importante no Brasil, onde o clima quente favorece o crescimento bacteriano.
Para Soledad Ulloa, bioquímica e chefe de diagnóstico molecular do PhageLab, o trabalho de campo permitiu obter informações que serão muito úteis para a comunidade científica e veterinária. “Além disso, permitiu-nos acrescentar evidências de que os produtos à base de bacteriófagos começaram a estabelecer-se como uma alternativa eficaz aos antibióticos. Por se tratar de um estudo de campo, a colaboração efetiva entre os produtores e a empresa foi fundamental para o sucesso do empreendimento. Tudo acompanhado de um desenvolvimento prévio de produtos voltados especialmente para os problemas de nossos clientes.”
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