A chegada das festividades de final de ano marca um momento de emoção para muita gente. É momento de decorar a casa, trocar presentes e reunir a família para uma das refeições especiais mais esperadas do ano, a ceia de Natal. Para muitos é um símbolo de alegria e um momento para saborear diferentes comidas típicas e deliciosas, porém, para quem tem restrições alimentares, essa atividade pode se tornar estressante.
A alimentação saudável é uma preocupação cada vez mais popular, não só para quem tem alguma condição restritiva, mas também para quem quer cultivar hábitos “mais limpos”. Com isso, existe uma tendência que leva os profissionais de gastronomia e nutrição a formularem dietas especiais para garantir a todos um jantar memorável e acessível.
Para evitar que as pessoas fiquem privadas de partilhar este momento devido a restrições alimentares, existem algumas dicas e conselhos que podem ajudá-lo a desfrutar do jantar sem colocar a sua saúde em risco. A professora de nutrição do UniCeub, Paloma Popov, aborda algumas questões sobre o assunto.
O que não pode faltar para tornar a ceia saudável para todos?
De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileirao segredo para tornar a ceia de Natal saudável e inclusiva está na comensalidade, no ato de sentar-se à mesa em boa companhia. “Para que a ceia seja saudável é importante priorizar a variedade de alimentos, respeitando as tradições e memórias familiares, e evitar excessos, principalmente os ultraprocessados”, afirma a professora.
Quão importante é respeitar as restrições alimentares individuais?
Respeitar as particularidades dos seus acompanhantes é fundamental, sejam essas particularidades por motivos de saúde, como intolerâncias e alergias, ou por escolhas pessoais. A professora informa que para quem tem algum tipo de intolerância é preciso estar preparado e saber quais alimentos podem ser consumidos ou não.
“Para quem tem intolerância ao glúten, é importante evitar grãos como o trigo. Para quem tem alergia à proteína do leite de vaca, é necessário eliminar completamente os laticínios. No caso de escolhas alimentares, como o vegetarianismo, existem hoje diversas opções de proteínas de origem vegetal e alternativas que podem substituir os alimentos tradicionais”, afirma Paloma. De qualquer forma, mesmo com o preparo de cada um, adaptar o jantar para todos é um ato de carinho e empatia por parte dos anfitriões.
Como substituir a carne por outras opções proteicas?
Paloma cita que leguminosas, como grão de bico e lentilha, são ótimas alternativas para substituir a carne, pois também possuem alto teor de proteínas. Queijos e laticínios também são boas fontes, para quem não tem restrição de lactose, e ainda, para substituir a carne vermelha, também são válidos os peixes, como o bacalhau, que é um prato típico deste período festivo.
Como substituir ovos e leite?
Esses ingredientes são comuns nas receitas natalinas e podem causar desconforto para quem não pode consumi-los. Uma opção interessante é preparar sobremesas utilizando leite de coco ou de amêndoa e substituindo a farinha de trigo por farinha sem glúten, como arroz ou grão de bico.
Sobremesas para diabéticos e celíacos
A especialista afirma que, em ambos os casos, as frutas são a melhor opção. Os diabéticos devem escolher os menos maduros, pois possuem menos glicose e, se possível, consumi-los com casca, pois é onde está localizada a fibra.
Para quem tem doença celíaca, as sobremesas à base de frutas também devem ser priorizadas, além de evitar laticínios e farinhas com glúten. Ela afirma que “uma mesa decorada com frutas frescas e variadas, como pêssegos, nectarinas, ameixas e uvas, também é uma excelente ideia”.
Como agir em casos de acidentes?
“Em casos de reações alérgicas, é fundamental procurar atendimento médico imediato em um pronto-socorro”, afirma Popov. Ela não recomenda o uso de medidas caseiras e destaca a importância de procurar ajuda profissional com urgência.
*Estagiário sob supervisão de Roberto Fonseca
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