A gordura visceral – aquela armazenada na região abdominal, ao redor de órgãos vitais – na meia-idade pode ser um futuro fator de risco para a doença de Alzheimer, segundo um estudo norte-americano. Os autores sugerem que perder peso e reduzir o tecido adiposo aos 40 e 50 anos pode ser uma estratégia bem-sucedida para prevenir a demência.
No estudo, 80 pessoas com idade média de 49,4 anos e sem problemas cognitivos foram submetidas a tomografia por emissão de pósitrons (PET scan) e ressonância magnética, esta última para medir o volume de gordura subcutânea (sob a pele) e gordura visceral. . Eles também foram submetidos a avaliações metabólicas e do painel lipídico (colesterol). Aproximadamente 57,5% dos participantes eram obesos e o índice de massa corporal (IMC) médio foi de 32,31 (obesidade grau 1).
O PET scan é um dos exames utilizados para diagnosticar o Alzheimer, pois faz uma varredura no cérebro em busca do acúmulo de substâncias associadas à doença. O excesso de proteínas amiloide e tau precede os sintomas clássicos, como esquecimento e outros déficits cognitivos, em até 20 anos.
Insulina
“Nosso estudo mostrou que um maior volume de gordura visceral estava associado a níveis mais elevados no cérebro das duas proteínas patológicas características da doença de Alzheimer – amiloide e tau”, disse o principal autor do estudo, Mahsa Dolatshahi, pesquisador da Universidade de Washington, em Washington, em um comunicado. São Luís. Os testes também mostraram que a maior resistência à insulina e os baixos níveis de colesterol HDL (o “colesterol bom”) estavam relacionados com depósitos de amiloide.
“Uma implicação fundamental do nosso trabalho é que o gerenciamento do risco de Alzheimer na obesidade precisará envolver a abordagem dos problemas metabólicos e relacionados aos lipídios que muitas vezes surgem com o aumento da gordura corporal”, acrescentou o radiologista Cyrus A. Raji, autor sênior do estudo.
A endocrinologista Alessandra Rascovski, diretora clínica do Atma Soma, em São Paulo, e fundadora do projeto Cérebro em Ação, explica que as proteínas amiloide e tau são sinais precoces de um possível diagnóstico futuro da doença neurodegenerativa. “As placas amilóides geralmente aparecem primeiro, com emaranhados de tau chegando mais tarde, à medida que a doença progride. Quanto mais volume dessas proteínas o cérebro retém, mais doente ele fica, apresentando menor fluxo sanguíneo, sinais de atrofia ou desgaste da massa cinzenta do hipocampo, que envolve a memória”, afirma.
Inflamação
Segundo o médico, é possível medir a gordura visceral por meio de exames como ressonância magnética abdominal, densitometria de corpo inteiro com medição de gordura corporal e bioimpedância. “Quanto mais gordura visceral uma pessoa tem, mais inflamado fica o corpo. E esse tipo de inflamação é muito mais grave do que a que ocorre na gordura subcutânea, pois ela recebe mais fluxo sanguíneo devido à sua localização próxima aos órgãos”, alerta.
Alessandra Rascovski lembra que a doença de Alzheimer não é apenas consequência do envelhecimento, mas está relacionada ao estilo de vida. Para a endocrinologista, o estudo norte-americano abre caminho para estratégias preventivas de uma doença que avança em todo o mundo. A estimativa da Alzheimer’s Disease International (ADI) é que os casos globais da doença no mundo atingirão quase 75 milhões de pessoas em 2030 e 131,5 milhões em 2050. No Brasil, o Ministério da Saúde estima a incidência em 5,5 milhões nos próximos 25 anos.
pan cred login
whatsapp download blue
bpc consignado
pague menos png
abara png
picpay baixar
consignado do auxílio brasil
empréstimo sem margem inss
inss credito
bpc loa