A síndrome dos ovários policísticos (SOP) causa irregularidades menstruais, excesso de pelos, acne e aumento dos hormônios masculinos. Só no Brasil, a condição atinge entre 5% e 21% das mulheres em idade reprodutiva, segundo dados do Ministério da Saúde. Um novo estudo, detalhado nesta quinta-feira (13), na revista Science revela que compostos derivados de plantas, mais conhecidos por suas propriedades antimaláricas, têm apresentado resultados promissores no alívio da SOP. As substâncias em questão, chamadas artemisininas, suprimiram a produção de hormônios andrógenos ovarianos em diversos modelos animais, além de mostrarem eficácia em um grupo de pacientes humanos.
Segundo o estudo, a SOP é um dos distúrbios endócrinos mais prevalentes entre as mulheres em idade reprodutiva e está associada a uma série de complicações de saúde, incluindo disfunção metabólica e infertilidade. No entanto, os tratamentos disponíveis muitas vezes têm eficácia limitada, concentrando-se apenas em sintomas específicos.
O ensaio liderado por Yang Liu, da Universidade Fudan, na China, investigou o efeito da artemisinina e seus derivados na síndrome. Embora inicialmente reconhecidos pelas suas propriedades antimaláricas, estes compostos demonstraram benefícios metabólicos. Em experiências com roedores, os cientistas descobriram que o arteméter, que se origina da artemisinina encontrada na planta Artemisia, reduzia a síntese de andrógenos ovarianos, tendo como alvo uma enzima crucial na produção desses hormônios.
A análise dos investigadores identificou a interacção entre a proteína LONP1 e o CYP11A1 como um mecanismo chave pelo qual a artemisinina regula a síntese de testosterona nos ovários. O artigo também destacou a degradação da enzima CYP11A1 induzida pela artemisinina, resultando na inibição da síntese de andrógenos ovarianos.
Além dos resultados em modelos animais, um estudo clínico envolvendo 19 mulheres com SOP mostrou o potencial terapêutico da substância. A administração de diidroartemisinina, medicamento originalmente usado contra a malária, durante 12 semanas resultou em redução significativa dos biomarcadores da doença e ciclos menstruais mais regulares, sem efeitos colaterais significativos nas voluntárias.
Alvaro Pigatto Ceschin, presidente da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) ressalta que se for comprovada a eficácia da artemisinina no tratamento da SOP, representará um avanço significativo. “No entanto, é prematuro fazer declarações definitivas sem estudos mais complexos e abrangentes. A produção de novas pesquisas científicas é essencial para confirmar essas descobertas preliminares e garantir a segurança e eficácia do tratamento”.
Segundo o especialista, atualmente, uma das abordagens promissoras para o tratamento da SOP inclui a reprodução assistida, que envolve o uso de medicamentos para estimular a produção de óvulos e promover a ruptura folicular. “Além disso, estão sendo realizadas pesquisas sobre o uso de inibidores da aromatase, tratamentos de sensibilização à insulina e intervenções baseadas no estilo de vida, como dieta e exercícios”.
Embora os autores da investigação acreditem que são necessários mais ensaios para compreender completamente os efeitos a longo prazo e optimizar as estratégias de dosagem, a descoberta das artemisininas como um tratamento eficaz para a SOP representa uma nova abordagem promissora que poderia potencialmente transformar o panorama do tratamento para esta condição.
Stella Vieira Santos, ginecologista do Sírio-Libanês, em Águas Claras, destaca que as artemisininas surgiram como uma nova opção de tratamento para reduzir a produção de andrógenos pelos ovários. “Foi demonstrada a capacidade deste composto em reduzir o tecido adiposo e melhorar a resistência à insulina em pacientes com hiperandrogenismo clínico, pré-diabetes e obesidade, seriam bons candidatos para o uso deste medicamento”, destacou.
Luis Otávio Manes, ginecologista de Brasília, destacou que, por enquanto, não existe uma terapia que possa ser chamada de promissora para o tratamento do ovário policístico. “A terapia genética vem com a possibilidade de fazer alterações no gene que estimula a produção desses hormônios. Pode ser que dessas terapias genéticas surja uma nova abordagem para os ovários policísticos. foi apresentado para a doença.”
Multifuncional
“A artemisinina é uma proteína que já foi isolada por vários pesquisadores. Ela é extraída de uma conhecida planta medicinal, do mesmo grupo da camomila, a Artemisia vulgaris. Essa planta, além de produzir artemisinina, também gera cardamonina. Ambas são estudadas por suas propriedades antioxidantes e antiinflamatórias é importante porque o processo inflamatório é comum em diversas doenças relacionadas a desequilíbrios hormonais. Quando reduzimos a quantidade de carboidratos e glicose disponíveis para os ovários, eles têm menos energia para funcionar, o que pode levar. para. produção hormonal desregulada Portanto, muitas mulheres tomam metformina, um agente hipoglicemiante usado para tratar diabetes tipo 2, e também contraceptivos. A substância ajuda a reduzir o processo inflamatório sistêmico, afetando o fígado, as articulações e os ovários. as células ficam menos irritadas e estimuladas, reduzindo a produção excessiva de hormônios.”
Danilo Avelar, professor de enfermagem do Centro Universitário CEUB e doutor
em Farmacologia
Substância multifuncional
“A artemisinina é uma proteína que já foi isolada por vários pesquisadores. Ela é extraída de uma conhecida planta medicinal, do mesmo grupo da camomila, a Artemisia vulgaris. Essa planta, além de produzir artemisinina, também gera cardamonina. Ambas são estudadas por suas propriedades antioxidantes e antiinflamatórias é importante porque o processo inflamatório é comum em diversas doenças relacionadas a desequilíbrios hormonais. Quando reduzimos a quantidade de carboidratos e glicose disponíveis para os ovários, eles têm menos energia para funcionar, o que pode levar. para. produção hormonal desregulada Portanto, muitas mulheres tomam metformina, um agente hipoglicemiante usado para tratar diabetes tipo 2, e também contraceptivos. A substância ajuda a reduzir o processo inflamatório sistêmico, afetando o fígado, as articulações e os ovários. as células ficam menos irritadas e estimuladas, reduzindo a produção excessiva de hormônios.”
Danilo Avelar, professor de enfermagem do Centro Universitário CEUB e doutor
em Farmacologia
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