Os antidepressivos estão entre os medicamentos mais prescritos, desempenhando um papel crucial no tratamento da depressão, condição que afeta mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, as evidências sobre alterações de peso associadas aos tratamentos antidepressivos de primeira linha ainda são limitadas.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelou que alguns dos antidepressivos mais prescritos no mundo podem estar diretamente associados ao ganho de peso. Intitulado Alteração de peso induzida por medicamentos em tratamentos antidepressivos comuns: um estudo de emulação de ensaio clínico alvoo estudo foi observacional e durou 24 meses, usando dados de registros eletrônicos de saúde (EHR) de 2010 a 2019 em oito sistemas de saúde dos EUA
A pesquisa analisou dados de 200 mil pessoas, onde 183.118 pacientes iniciaram tratamento com um dos seguintes antidepressivos: sertralina, citalopram, escitalopram, fluoxetina, paroxetina, bupropiona, duloxetina ou venlafaxina. Os pesquisadores compararam a mudança média de peso e a probabilidade de ganhar pelo menos 5% do peso inicial seis meses após o início do tratamento.
Os principais achados indicam que, em comparação com a sertralina, o ganho de peso médio estimado foi maior para os seguintes medicamentos:
- Escitalopram: aumento de 0,41 kg;
- Paroxetina: aumento de 0,37 kg;
- Duloxetina: aumento de 0,34 kg;
- Venlafaxina: aumento de 0,17 kg;
- Citalopram: aumento de 0,12 kg
Porém, dois medicamentos apresentaram efeito contrário, com redução de peso.
- Fluxetina: redução de 0,07 kg
- Bupropiona: redução de 0,22 kg
Escitalopram, paroxetina e duloxetina foram associados a um risco aumentado de 10% a 15% de ganho de pelo menos 5% do peso basal. Em contraste, a bupropiona foi associada a um risco 15% menor. Os resultados indicam que pequenas diferenças na alteração média do peso foram observadas na grande maioria dos antidepressivos de primeira linha. Pelo contrário, a bupropiona apresentou consistentemente o menor ganho de peso.
Entretanto, a baixa adesão medicamentosa durante o seguimento foi um fator limitante. A adesão à medicação variou de 28% (duloxetina) a 41% (bupropiona) ao longo de seis meses.
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