A substância polimetilmetacrilato, popularmente conhecida como PMMA, é autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em apenas duas situações. Além disso, o produto precisa ser administrado por profissionais médicos treinados e, embora não seja contraindicado para aplicação nas nádegas para fins corretivos, “não há indicação para aumento de volume, seja corporal ou facial”.
Na terça-feira (2/7), a influenciadora brasileira Aline Ferreira, 33 anos, morreu após passar por um procedimento estético para preencher as nádegas com uma substância chamada PMMA, aplicada pela falsa biomédica Grazielly da Silva Barbosa, que foi presa pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).
O produto está autorizado no Brasil para as seguintes aplicações:
- Correção da lipodistrofia — alterações no organismo que levam à concentração de gordura em algumas partes do corpo) — causada pelo uso de antirretrovirais em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS);
- Correção volumétrica facial e corporal, que é uma forma de tratar alterações, como irregularidades e depressões no corpo, preenchendo as áreas afetadas através da bioplastia.
O uso do PMMA para fins estéticos não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Segundo a entidade, o uso indiscriminado da substância pode causar uma série de complicações, como “nódulos, massas e processos inflamatórios e infecciosos causando danos estéticos e funcionais desastrosos e irreversíveis”, além de necrose, cegueira, embolias e mortes.
“A maioria das complicações do PMMA não ocorre no período inicial do tratamento. Nos primeiros 2 a 3 anos, as reações adversas podem não ser observadas; o problema, quando ocorre, geralmente é após 5 a 10 anos de aplicação. Nesse período, inicia-se a reação da doença granulomatosa e as esferas passam a fazer parte do granuloma, um nódulo palpável, endurecido, sem reversão”, diz Marcela Cammarota, membro do Departamento Científico da SBCP para Correspondência.
Marcela destaca ainda que para evitar complicações em qualquer procedimento estético, o paciente deve ser informado sobre o que está sendo inserido em seu corpo e quem está aplicando. “Ou seja, você precisa ser um profissional de muita confiança e com especialização em cirurgia plástica e dermatologia”, afirma o especialista.
Funkeira passou por seis cirurgias após PMMA
A cantora de funk Letícia Minacapelly, conhecida como MC Princesa, precisou passar por seis cirurgias para retirada do PMMA (polimetilmetacrilato) das nádegas após o procedimento estético causar deformação e necrose do tecido. Pelas redes sociais, MC Princesa compartilhou os cuidados médicos que recebeu após a complicação da intervenção estética.
(foto: Reprodução/X/@mcprincesaoficial)
“Há aproximadamente 6 anos fui vítima de um erro médico: falharam nas gluteoplastias e nas injeções de PMMA. E desde então venho fazendo cirurgias ano após ano. sempre me manteve de pé Ano passado fiz uma cirurgia para retirada do PMMA”, contou o funkeiro.
“Se você está pensando em fazer algo no seu corpo porque não se sente bem ou porque realmente deseja mudar, informe-se bem com antecedência. Nunca (em hipótese alguma) permita que PMMA seja aplicado em seu corpo. permitir que sua vida ou seu futuro sejam afetados por erros de terceiros, ninguém merece passar por isso”, completa MC Princesa.
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