Um trabalho inédito, apresentado na reunião anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, em Amsterdã, na Holanda, mostrou um novo modelo de imagem 3D criado para identificar características dos blastocistos — estágio inicial de desenvolvimento de um embrião. Para os cientistas, liderados pela Universidade de Ciência e Tecnologia Huazhong, na China, a abordagem poderia transformar os atuais métodos de seleção de blastocistos e aumentar as taxas de sucesso da fertilização in vitro (FIV).
Segundo a pesquisa, publicada ontem na revista Human Reproduction, a forma e a estrutura dos blastocistos ajudam a prever o sucesso da gravidez. Essas características auxiliam na seleção das estruturas utilizadas na FIV. Porém, a escolha do embrião mais adequado continua sendo um desafio para os profissionais da área.
“Tradicionalmente, a qualidade do blastocisto é avaliada usando métodos 2D que carecem de indicadores abrangentes e aprofundados. Embora existam alguns métodos 3D, eles não são práticos ou seguros para uso clínico. Este estudo preenche esta lacuna ao introduzir um método de avaliação 3D clinicamente aplicável e revela características espaciais dos blastocistos até então não reconhecidas”, detalhou, em nota, Bo Huang, principal autor do estudo e embriologista da Universidade Huazhong.
Para o trabalho, a equipe incluiu mulheres de 40 anos com revestimento uterino entre sete e 16 milímetros e que não haviam experimentado mais de uma transferência de embrião malsucedida. Usando um dispositivo chamado EmbryoScope, os cientistas obtiveram imagens detalhadas de 2.141 blastocistos.
Mais precisão
A tecnologia foi utilizada para criar modelos 3D das estruturas, coletando informações detalhadas sobre sua camada externa e massa celular interna. Em seguida, os mapas foram analisados para identificar novas características do blastocisto e determinar como elas se relacionavam com gestações bem-sucedidas.
Os cientistas compararam a invenção com imagens fluorescentes de blastocistos humanos e alcançaram mais de 90% de precisão. As principais medidas foram relacionadas ao tamanho, formato e características celulares da estrutura.
Parâmetros relacionados ao tamanho, como volume total e da cavidade e área de superfície, foram associados a taxas de gravidez mais altas, e características específicas da massa celular interna e da camada externa também foram fortemente ligadas a um melhor resultado da gravidez.
Pedro Magalhães Peregrino, médico especialista em reprodução humana e infertilidade, do grupo Fleury Fertility, reitera que, com um método 3D confiável, é possível avaliar essas características específicas de forma mais confiável. “Assim como a já citada massa celular interna, que dará origem ao bebê, e a camada celular externa dará origem à placenta. Analisando todos esses critérios e esses resultados, conseguimos associar taxas de gravidez a bons resultados clínicos em um maneira mais impactante e confiável.”
“Esses resultados correspondem ao que vemos nos resultados clínicos, mas não pudemos medi-los anteriormente. O estudo mostra que a forma 3D da massa celular interna do blastocisto, sua posição e como as células circundantes estão organizadas podem ser indicadores importantes de sucesso, o que não sabíamos antes”, reforçou Huang.
A equipe planeja colaborar com vários centros de fertilidade para validar ainda mais as descobertas descritas. O objetivo dos pesquisadores é tornar a avaliação 3D dos blastocistos um padrão na prática clínica, trazendo mais esperança para quem passa pelo processo ou deseja aderir à FIV.
Segundo Luiz Fernando Pina, membro da Sociedade Americana para Reprodução Humana (ASRM) e da Sociedade Europeia para Reprodução Humana (ESHRE), e fundador da clínica Baby Center Reproductive Medicine, o uso de imagens e tecnologia na medicina reprodutiva tem aumentado. “Há um espaço enorme para ampla aplicação tanto em microscopia eletrônica, por exemplo, poucas pessoas viram o blastocisto no microscópio eletrônico, quanto em imagens de lapso de tempo para reconstrução embrionária”.
Mais sucesso
As diferenças socioeconómicas influenciam significativamente o sucesso do tratamento com tecnologia de reprodução assistida (TARV). Isto está de acordo com o trabalho realizado por pesquisadores da Universidade de Copenhague e do Hospital Universitário de Copenhague. De acordo com a investigação, apresentada ontem na reunião anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, em Amesterdão, as mulheres com formação em investigação (PhD) tinham três vezes mais probabilidades de ter um nado vivo em comparação com aquelas com apenas educação primária. Pacientes com renda mais alta tinham duas vezes mais probabilidade de ter um filho do que aquelas com menor poder econômico.
De acordo com o ensaio, que incluiu 68.738 mulheres, com idades entre os 18 e os 45 anos, que foram submetidas a tratamento antirretroviral na Dinamarca, os pacientes desempregados tiveram a menor probabilidade de sucesso com a abordagem. Deste grupo, um terço dos pacientes tinham menos probabilidade de ter um nascimento vivo em comparação com os participantes empregados.
De acordo com os cientistas, os resultados foram consistentes em todas as diferentes faixas etárias examinadas e tanto para mulheres sem filhos como para participantes que tiveram um ou mais bebés antes do tratamento com TARV. Para eles, os resultados indicam uma associação considerável entre a situação social e económica e o sucesso do tratamento.
“Embora estudos anteriores tenham sugerido uma ligação entre um estatuto socioeconómico mais elevado e melhores resultados de TAR, a nossa investigação vai mais fundo, fornecendo insights claros baseados em dados sobre a influência específica da educação, emprego e rendimento na determinação do sucesso dos tratamentos de fertilidade”, analisou, em uma nota, Rikke Bruun Uggerhøj, principal autor do estudo e cientista da Universidade de Copenhague.
Avanços rápidos
“As tecnologias utilizadas no laboratório de fertilização in vitro estão avançando rapidamente, assim como nas áreas que utilizam inteligência artificial para auxiliar na tomada de decisões. Esta ferramenta de avaliação de blastocistos 3D vem complementar outra que utilizamos, que nos deu um embrião A pontuação 3D melhorará ainda mais a precisão desses testes, sem a necessidade de realizar uma avaliação invasiva do embrião, uma biópsia. Quanto mais pudermos nos beneficiar do uso da tecnologia sem precisar remover células de um embrião, melhor. caminho será muito promissor e que no futuro usaremos extensivamente a inteligência artificial na seleção dos melhores embriões a serem transferidos, aumentando a chance de engravidar na primeira transferência.”
Carla Iaconelli, especialista em reprodução humana e membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA)
Boas expectativas
“As tecnologias utilizadas no laboratório de fertilização in vitro estão avançando rapidamente, assim como nas áreas que utilizam inteligência artificial para auxiliar na tomada de decisões. Esta ferramenta de avaliação de blastocistos 3D vem complementar outra que utilizamos, que nos deu um embrião A pontuação 3D melhorará ainda mais a precisão desses testes, sem a necessidade de realizar uma avaliação invasiva do embrião, uma biópsia. Quanto mais pudermos nos beneficiar do uso da tecnologia sem precisar remover células de um embrião, melhor. caminho será muito promissor e que no futuro usaremos extensivamente a inteligência artificial na seleção dos melhores embriões a serem transferidos, aumentando a chance de engravidar na primeira transferência.”
Carla Iaconelli, especialista em reprodução humana e membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA)
Mais status e chances de sucesso
As diferenças socioeconómicas influenciam significativamente o sucesso do tratamento com tecnologia de reprodução assistida (TARV). Isto está de acordo com o trabalho realizado por pesquisadores da Universidade de Copenhague e do Hospital Universitário de Copenhague. De acordo com a investigação, apresentada ontem na reunião anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, em Amesterdão, as mulheres com formação em investigação (PhD) tinham três vezes mais probabilidades de ter um nado vivo em comparação com aquelas com apenas educação primária. Pacientes com renda mais alta tinham duas vezes mais probabilidade de ter um filho do que aquelas com menor poder econômico.
De acordo com o ensaio, que incluiu 68.738 mulheres, com idades entre os 18 e os 45 anos, que foram submetidas a tratamento antirretroviral na Dinamarca, os pacientes desempregados tiveram a menor probabilidade de sucesso com a abordagem. Deste grupo, um terço dos pacientes tinham menos probabilidade de ter um nascimento vivo em comparação com os participantes empregados.
De acordo com os cientistas, os resultados foram consistentes em todas as diferentes faixas etárias examinadas e tanto para mulheres sem filhos como para participantes que tiveram um ou mais bebés antes do tratamento com TARV. Para eles, os resultados indicam uma associação considerável entre a situação social e económica e o sucesso do tratamento.
“Embora estudos anteriores tenham sugerido uma ligação entre um estatuto socioeconómico mais elevado e melhores resultados de TAR, a nossa investigação vai mais fundo, fornecendo insights claros baseados em dados sobre a influência específica da educação, emprego e rendimento na determinação do sucesso dos tratamentos de fertilidade”, analisou, em uma nota, Rikke Bruun Uggerhøj, principal autor do estudo e cientista da Universidade de Copenhague.
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
pan cred login
whatsapp download blue
bpc consignado
pague menos png
abara png
picpay baixar
consignado do auxílio brasil
empréstimo sem margem inss
inss credito
bpc loa