postado em 08/07/2024 21:00
O grupo de candidatos negros interpôs recurso contra o resultado do concurso à UFMG, além de reclamações à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Ministério Público Federal (MPF) – (crédito: Gladyston Rodrigues/EM)
Após aprovar apenas candidatos brancos em um concurso com vaga afirmativa única para negros, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiu cancelar uma das avaliações que foi considerada irregular pelos candidatos. A suposta fraude teria ocorrido durante a fase de apresentação do seminário, o que, segundo a candidata Giselle Magalhães, 37, é uma avaliação “parcialmente subjetiva”. A universidade publicou documento comunicando a decisão nesta sexta-feira (7/5).
O grupo de candidatos negros apresentou recurso contra o resultado do concurso à universidade, além de reclamações à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Ministério Público Federal (MPF). A decisão da UFMG estabelece que os candidatos que realizaram a prova de apresentação serão convocados com até 30 dias de antecedência para comparecer no local estabelecido para a realização da prova.
Giselle e as outras duas candidatas negras obtiveram média de 45% de aprovação na etapa anulada. Ela afirmou, porém, que na avaliação de currículos alcançou o primeiro lugar com 95 pontos, e na prova escrita, 71% de aprovação. A média geral de Giselle foi de 69,9%, por outro lado, a nota de corte foi de 70 pontos.
A candidata Raquel Duque, que também disputava a vaga afirmativa para negros, não atingiu a média de corte. Ela disse que obteve 90 pontos na análise de currículo e 70 pontos na avaliação escrita, mas, na etapa de apresentação do seminário, foi surpreendida com 46,2 pontos. “O que estranha é a situação atípica de dar notas baixíssimas às mulheres negras”, pontuou a candidata.
“Não me sinto prejudicado por não estar classificado, isso pode acontecer. Mas a minha dúvida é que mesmo com uma política afirmativa eles conseguem entrar um candidato branco, é preocupante”, afirmou Giselle.
Uma das questões também relatadas é que outros candidatos compareceram à apresentação do seminário dos concorrentes. No entanto, o regulamento do concurso determina que “os candidatos estão proibidos de comparecer às provas de outros candidatos”.
A defesa de Giselle informa que aguarda resposta aos pedidos de acesso da candidata aos vídeos e às atas fundamentadas de suas anotações. “Isso é muito importante porque é aqui que veremos a percepção que o júri tem da candidata e seu conhecimento técnico”, afirma.
“Esperamos que a UFMG reconheça a necessidade de mudança na composição deste painel, pois como as ilegalidades são cometidas por agentes públicos, as pessoas precisam ser responsabilizadas, pois no mínimo não estavam preparadas para uma competição. A bancada precisa ser modificada para que um novo julgamento seja imparcial. Esperamos também que haja um esforço institucional para ter uma mulher ou um homem negro neste painel”, destaca a defesa.
Ó Estado de Minas entrou em contato com a UFMG para saber detalhes do novo processo seletivo e aguarda resposta.
*Texto produzido pela estagiária Larissa Figueiredo sob supervisão do subeditor Gabriel Felice
empréstimo para pensionista do inss
empresas de emprestimo consignado
nova taxa de juros consignado
telefone noverde
picpay idade mínima
pague menos bancarios
simulador de financiamento safra
simulação consignado bb
simular empréstimo para aposentado
go pan consignado
emprestimo para negativados bh