postado em 09/07/2024 19h04 / atualizado em 09/07/2024 19h05
Segundo a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, a formação dos aprovados acontecerá em todos os níveis: “A escola está preparando cursos para novos funcionários, então teremos cursos para todos que vão ingressar, isso é uma novidade” – (crédito: José Cruz/Agência Brasil)
O Ministério da Gestão e Informação nos Serviços Públicos (MGI) anunciou que todos os servidores que ingressarem na administração pública federal por meio do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) precisarão realizar cursos de capacitação, sejam eles presenciais ou remotos. Ainda segundo o MGI, apenas cinco carreiras exigirão formação presencial na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), vinculada ao ministério.
Funcionários aprovados para carreiras como especialistas em políticas públicas e gestão governamental; analista de infraestrutura; analista de tecnologia da informação; analista de comércio exterior; e técnico em políticas sociais exigirá formação presencial, com carga horária variando entre 360 e 580 horas, dependendo da carreira.
O curso valerá como terceira etapa do concurso, após realização de provas escritas — marcadas para 18 de agosto — e apresentação de títulos como diplomas de conclusão de ensino superior, mestrado ou doutorado (stricto sensu) e certificados, segundo o CNU perceber.
Segundo a Enap, o diferencial para os novos funcionários da CNU aprovados nessas cinco carreiras será a obtenção da certificação de pós-graduação emitida pela instituição após a conclusão dos cursos presenciais.
“O concurso exige, no mínimo, formação superior. Muitos inclusive ingressam com mestrado e doutorado em diversas áreas. Ao final de todas as etapas do concurso, os funcionários aprovados terão não apenas uma vaga na carreira de sua preferência, mas também um certificado de especialização na área em que irão atuar”, afirmou o diretor de Educação Executiva da Enap, Iara Alves.
Segundo a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, a formação dos aprovados ocorrerá em todos os níveis. “A escola está preparando cursos para novos funcionários, então teremos cursos para todos que vão ingressar, isso é uma novidade”, destacou.
Para carreiras que exigirão cursos a distância — que também serão elaborados pela Enap —, a carga horária será de 280 horas. O treinamento deverá ser realizado por todos os candidatos convidados, durante os primeiros 36 meses de exercício do cargo.
De acordo com o cronograma da CNU, alterado em edital na semana passada, os aprovados serão convidados a tomar posse e ingressar nos cursos em janeiro de 2025.
Projeto pedagógico
Segundo a Enap, as propostas de projetos pedagógicos para cursos de formação inicial estão sendo desenvolvidas em parceria com coordenações de carreiras federais e com a participação de entidades representativas dos servidores públicos.
A Enap definiu o desenvolvimento como um processo combinado, tanto de escuta — em workshops e pesquisas de grupos focais de servidores — quanto de validação de conteúdo. Ao final do processo, as considerações recebidas serão levadas pela Enap para a versão final do conteúdo de cada curso de formação de carreira pública.
“O projeto é nivelar conhecimentos básicos e proporcionar uma formação sólida para que o serviço público possa contar com especialistas nas áreas de conhecimento de suas carreiras. A sólida formação dos servidores é um sinal de valorização do serviço público”, destacou Iara Alves.
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