Levantamento realizado pelo Conselho Federal da OAB, 1º Estudo Demográfico do Direito Brasileiro, apresenta de forma inédita o perfil detalhado da classe no país. O trabalho mostra que a carreira avançou na igualdade de género e desmascara alguns mitos sobre os advogados serem sempre cidadãos ricos e com rendimentos mais elevados do que os de outras áreas do sistema de Justiça. Hoje, 50% dos advogados são mulheres, 49% homens e outras identidades de género representam 1%. Em termos financeiros, 45% têm renda familiar de até cinco salários mínimos, ou seja, R$ 7 mil. E 45% têm renda individual obtida com o exercício da advocacia entre dois e 10 salários mínimos, ou seja, de R$ 2,8 mil a R$ 14,1 mil.
Pessoas negras e pardas ainda estão sub-representadas
Homens e mulheres negros ainda são sub-representados na legislação brasileira. Correspondem a apenas 8% do total. Os indígenas e amarelos estão em torno de 1%. A maioria é branca: 64%. De cada quatro advogados, um é pardo. Esses números representam uma concentração de brancos maior que a existente na população brasileira, cuja proporção é de 43% de brancos; 45% para pardos; 10% para negros e cerca de 1% para amarelos ou indígenas, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, divulgada em julho de 2022.
Jovens
Na legislação brasileira, mais da metade tem menos de 44 anos. A faixa etária de 24 a 44 anos constitui 55% do total de profissionais. Outros 24% têm entre 45 e 59 anos e 21% têm 60 anos ou mais.
Veja outros números:
- 33% estão inscritos na OAB há menos de
- 5 anos e outros 33% há mais de 15 anos
- 13 anos é a média de experiência em Direito e 12 anos de registro na OAB
- 72% dos advogados trabalham como freelancers
- 21,7% é o número médio de funcionários em empresas ou escritórios onde trabalham advogados
- 4% dos inscritos na OAB estão desempregados
- 46% trabalham exclusivamente nas capitais e regiões metropolitanas, 42% trabalham exclusivamente no interior e 11% em ambas
- 43% dos advogados trabalham em casa. Entre os autônomos, 51%
- 26% dos advogados atuam na área de direito civil
- 26% exercem outra atividade profissional além da advocacia, sendo a principal delas a docência (20%)
Schietti lança trabalho sobre insignificância criminal
O ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), lançará na próxima terça-feira a obra Insignificância Penal — pequenos crimes na dogmática e na jurisprudência. O livro, de coautoria com o promotor público Andreas Eisele, de Santa Catarina, tem como objetivo realizar uma análise técnico-jurídica dos fundamentos da não intervenção penal em casos de ninharia e propor uma classificação teórica desses fundamentos. O evento será realizado das 18h30 às 21h, na sede do STJ, no mezanino do Prédio do Plenário.
Passaporte suspenso
Por dívidas trabalhistas, o sócio de uma empresa terceirizada de mão de obra teve seu passaporte suspenso e confiscado. A decisão, da Segunda Seção Especializada do Tribunal do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), foi unânime, tomada na sessão de julgamento do dia 16 de abril. O relator, desembargador Brasilino Santos Ramos, levou em consideração que as dívidas trabalhistas estão pendentes há 10 anos e manteve o entendimento de primeiro grau.
Fugitivo tem o direito
A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu mais uma vez em habeas corpus, julgado em 29 de abril, que o acusado foragido tem direito de participar de audiência por videoconferência. O relator foi o ministro Edson Fachin. Nunes Marques foi o único voto contra.
Desjudicialização da Saúde
Começa hoje o 1º Seminário sobre Desjudicialização da Saúde, que acontece na Escola Paulista da Magistratura, em São Paulo. O evento, promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), pelo Fórum Nacional do Poder Judiciário da Saúde (Fonajus) e pela Revista Justiça & Cidadania, contará com a presença de ministros dos tribunais superiores, juristas e renomados especialistas . Sob a coordenação do ministro Paulo Dias de Moura Ribeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o seminário tem como objetivo debater alternativas e soluções para a redução de processos relacionados à saúde nos tribunais.
Ministra Cármen Lúcia
“Temos o compromisso de honrar as leis e a Constituição da República, temos total compromisso com a responsabilidade e dedicação absoluta para que o TSE continue cumprindo sua função constitucional em benefício da democracia brasileira”
Ministra Cármen Lúcia, ao ser eleita, na última terça-feira, para presidir pela segunda vez o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
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