O Plenário do Superior Tribunal de Justiça (STJ) se reunirá na próxima terça-feira (15) para eleger os nomes dos desembargadores federais e membros do Ministério Público (MP) que concorrerão às vagas abertas em decorrência da aposentadoria dos ministros Assusete Magalhães e Laurita Vaz, respectivamente. Duas mulheres abriram espaço, mas a competição masculina para substituí-las é grande. Na disputa pelo cargo de Asusete Magalhães, há 16 juízes federais, dos quais apenas cinco são mulheres. Na briga pela sucessão de Laurita Vaz, estão 40 nomes de integrantes do Ministério Público, com 13 candidatos. A votação é secreta. Em seguida, as duas listas serão encaminhadas ao presidente Lula, a quem cabe fazer as indicações que serão analisadas pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e pelo plenário do Senado.
Investigação aponta para suspeitos
O STJ e a Polícia Federal já têm os nomes dos suspeitos de participarem de esquema de venda de decisões judiciais na Corte. Um dos envolvidos na investigação, publicada na semana passada pela revista Veja, atua no tribunal há 20 anos e atuou em oito gabinetes nesse período. O processo administrativo disciplinar aberto contra ele já foi concluído. Esta semana, um novo processo interno foi aberto contra um servidor. O assunto foi discutido em uma longa reunião, com duração de mais de duas horas, na qual o presidente do STJ, ministro Herman Benjamin, explicou toda a situação aos colegas.
A avaliação dos ministros é que a situação de vazamento de decisões que possam ter sido negociadas com as partes é “aterrorizante” porque poderia ter acontecido com qualquer magistrado, sem consentimento ou conhecimento. O caso envolve servidores públicos considerados de confiança dos ministros. Não havia como os ministros saberem porque as decisões eram rotineiras, dentro da normalidade. As decisões foram vendidas às partes que já ganhariam o processo. Os ministros solidarizaram-se com os seus colegas que envolveram funcionários públicos. Um dos magistrados ficou muito abatido na reunião e até chorou.
Apresentação do amigo
Hoje a ministra Maria Cristina Peduzzi dará as boas-vindas ao novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior de Justiça do Trabalho (CSJT), Aloysio Corrêa da Veiga tomará posse como presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Superior Conselho de Justiça do Trabalho (CSJT). Peduzzi tem relação de amizade com Corrêa da Veiga e poderá apresentar parte da biografia do novo presidente que atua há 43 anos no judiciário trabalhista e é conhecido por seu perfil conciliador.
Autoridades
Entre as autoridades que devem acompanhar a posse do novo presidente do TST, Aloysio Corrêa da Veiga, do vice-presidente, Mauricio Godinho Delgado, e de Vieira de Mello Filho como corregedor-geral da Justiça do Trabalho, estão os presidentes do STF, Luís Roberto Barroso, do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, e o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também deverá participar da solenidade.
Não há benefícios para a homofobia
Decisão da Quinta Turma do STJ apontou que não há acordo sobre persecução não criminal (ANPP) em casos de homofobia. Os ministros consideraram que a conduta tem tratamento jurídico equivalente ao crime de racismo, ao qual o benefício não é aplicável.
Ação contra condenações que contrariem o MP
A OAB Federal quer impedir que juízes condenem réus quando o Ministério Público, autor da ação, defende a absolvição. Em ação assinada pelo presidente nacional da OAB, Beto Simonetti (foto), pelo conselheiro federal Alberto Zacharias Toron (SP), e pelas advogadas Lizandra Nascimento Vicente e Bruna Santos Costa, a entidade questiona a constitucionalidade do artigo 385 do Código de Processo Penal no STF.
Assinado pelo presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, pelo conselheiro federal Alberto Zacharias Toron (SP), e pelas advogadas Lizandra Nascimento Vicente e Bruna Santos Costa.
Urnas
“Uma coisa que me chamou a atenção foi a perda de credibilidade de quem atacou a credibilidade das urnas porque, na verdade, isso não era mais um problema porque os observadores internacionais, a abertura do código-fonte um ano antes e o monitoramento por todos partidos, pelo Ministério Público, pela Polícia Federal… Não há como fraudar o sistema eleitoral brasileiro, que é um dos orgulhos da nacionalidade, um dos melhores do mundo. – Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)
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