Colocar Tomáz de Aquino Resende* — Ganhar dinheiro com aplicações e investimentos é um sonho que mobiliza milhões de pessoas no Brasil. Renda fixa, fundos de investimento, fundos imobiliários, criptomoedas, ações e muitos outros produtos são apenas parte de um imenso mercado que visa multiplicar o capital dos investidores.
Porém, quanto ao Governo, qual a melhor forma de ganhar mais dinheiro? A resposta é o Terceiro Setor, que promove a otimização dos serviços prestados pelo Estado, com maior eficiência e economia.
Em pesquisa realizada em 2022 pelo Fórum Nacional de Entidades Filantrópicas (FONIF), intitulada “A contrapartida do setor filantrópico”, apontou que, para cada real garantido pelo Poder Público em imunidade tributária, a entidade beneficiária devolveu R$ 9,79 para a sociedade. Para o governo, é como se deparar com um investimento em renda fixa com retorno de 879%, que apenas algumas criptomoedas raras conseguiriam alcançar no médio-longo prazo, e com alto risco de perda.
No Terceiro Setor, ao contrário, o risco é inexistente, pois as entidades dão sustentabilidade e apoio a uma responsabilidade social que é do Estado, com a ampliação do acesso à saúde, à educação e à assistência social.
Por esta razão, a redução da carga fiscal sobre as organizações da sociedade civil reforça o importante papel que desempenham.
Atualmente, a contribuição da Administração Pública às entidades do Terceiro Setor é insignificante. Juntos, o governo de São Paulo e todas as 645 prefeituras do estado transferiram R$ 109 bilhões para entidades do Terceiro Setor entre 2019 e 2022. Estamos falando do estado onde foram registrados os maiores valores destinados às entidades. Segundo dados do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), no total, 14.371 entidades foram beneficiadas.
Mais de R$ 90 bilhões desses recursos – cerca de 83% do total – foram direcionados a organizações que atuam na saúde, enquanto R$ 9,6 bilhões (quase 9% do total) foram destinados a entidades voltadas à educação. Ao mensurar os custos desses dois setores, identifica-se que o valor não é tão substancial quanto parece, e que há um esforço significativo das organizações para viabilizar essa relação. Portanto, há um elemento de benevolência por parte dessas entidades – não só para com a população beneficiária, mas também para com o próprio Governo.
Portanto, é necessário um olhar mais qualificado para as organizações da sociedade civil, pois o retorno que promovem se traduz em ações em setores-chave do fluxo público, como saúde, educação e assistência social.
O desincentivo à existência de OSC representa o colapso dos serviços inerentes ao Estado. A promoção de medidas de incentivo torna a relação entre entidades e governos um “ganha-ganha”, em que quem realmente se beneficia é a população. Portanto, podemos afirmar com certeza: vale a pena investir pesado no Terceiro Setor!
*Advogado, especialista no terceiro setor, intersetorialidade, procurador aposentado e presidente da Confederação Brasileira de Fundações (Cebraf)
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