Por Tiago Lobão Cosenza — Transição Energética: tema que está em alta quando pensamos no setor energético, seja para as empresas operadoras ou para o mercado financeiro que está de olho e investindo no setor. A transição tornou-se uma nova “corrida do ouro”. Embora se fale muito sobre transição, pouco se tem falado sobre segurança energética, um tema igualmente importante.
A segurança energética está intrinsecamente ligada à segurança nacional. Uma matriz energética resiliente e diversificada aumenta a autonomia do país, reduz a vulnerabilidade a choques externos e contribui para a estabilidade económica. Além disso, a transição para fontes de energia limpas é essencial para mitigar as alterações climáticas. Portanto, atualmente, não podemos conceber a ideia de fazer uma transição energética sem abrir mão da segurança e muito menos nos preocupar apenas com a segurança sem avançar na transição.
Quando se fala em meta para a transição energética, muitos países estão atrasados nesse quesito e precisam acelerar muito a sua transição — o que não é o caso do Brasil (85% da nossa matriz vem de fontes renováveis). Sim, devemos pensar e implementar a transição energética no menor tempo possível. Porém, por termos uma matriz mais sustentável, podemos e devemos fazer essa transição o mais planejada e estudada possível, para que seja segura.
Neste cenário de transição segura, uma fonte de geração de energia começa a ganhar mais notoriedade e relevância: a energia nuclear. Esta fonte surge como uma alternativa viável e importante, pois é uma combinação de energia limpa e confiável. Embora muitas vezes associada a riscos e desafios, a geração de energia nuclear avançou muito e é uma fonte de extrema importância para a segurança energética, sem, no entanto, distanciar o governo do seu compromisso com a transição energética.
É uma das poucas fontes que consegue aliar transição e segurança energética, justamente por ser uma energia limpa e, ao mesmo tempo, capaz de ser fornecida em grande volume a partir de uma pequena quantidade de combustível — o que a torna uma fonte de energia altamente eficiente e limpa.
Além disso, a energia nuclear é uma fonte de energia de base, o que significa que pode fornecer energia de forma constante e fiável, independentemente das condições meteorológicas ou da hora do dia.
No contexto global, muitos países estão a repensar e a reconhecer o papel da energia nuclear na transição energética. Diante do cenário atual, é imperativo acelerar a transição para uma matriz energética mais limpa, mas isso deve ser feito com responsabilidade e planejamento estratégico e, nesta linha, não devemos torcer o nariz para o importante papel que a energia nuclear pode desempenhar nesta solução.
*Tiago é advogado especializado em energia, sócio fundador do Lobão Cosenza, Figueiredo Cavalcante Advogados (LCFC+)
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