A Casa Baluarte recebeu o primeiro Festival das Negritudes em salvador (BA), que reuniu artistas, jornalistas e personalidades para debater temas como o respeito a todas as religiões, a representação dos negros nas telas e nos bastidores e a educação antirracista.
Mais de Mil pessoas homenageou pessoalmente o Negritudes na capital baiana. O conteúdo estará disponível na plataforma de streaming Globo Play.
Logo após a apresentação de abertura do Olodum com o Orquestra Afrosinfônica da Bahiao líder do projeto, Ronald Pessanha contou como surgiu a ideia do Festival Negritudes Globo: “Nosso objetivo é colocar a questão da presença negra no audiovisual no centro do debate. A primeira edição aconteceu em 2020, apenas para criativos da Globo. O projeto cresceu, assim como a agenda também ganhou relevância na sociedade. E o Negritudes virou um projeto multiplataforma, com ações digitais, imersões para produtores de conteúdo e realização de festivais gratuitos e abertos ao público. Este ano ampliamos nossa presença para três edições abertas ao público: Rio de Janeiro, Salvador e encerraremos em São Paulo, em setembro”estados Pessanha.
O primeiro painel debateu fé: “Um encontro como este fortalece ainda mais a nossa decisão de resistir. Antes de mais nada, respeite meu amém, como eu respeito o seu axé”, reforçou o pastor evangélico Kléber Lucas.
Ekedy Sinharepresentante do Candomblé, enfatizou a irmandade entre todos os seres humanos, ressaltando que os terreiros são locais que promovem fé, saúde, educação Isso é Cuidadoso.
Convidado internacional do Negritudes, Alrick Browndiretor e professor de cinema e TV na Universidade de Nova Yorktrouxe falas poderosas ao lembrar a luta do povo negro e a morte de George Floydnós NÓS. O cineasta, que tem uma Emmy em seu currículo, ele afirmou que, embora a indústria ainda seja racista, no final o que queremos é apenas contar histórias e fazer todo mundo sonhar, principalmente aqueles crianças negras.
Ocupar espaços na educação com a introdução de conteúdos antirracistas é fundamental para construir narrativas diferenciadas e democráticas: “A educação transforma vidas e não podemos aceitar que seja contada do ponto de vista do colonizador. Todo menino negro precisa ter orgulho da sua história”, comenta a professora baiana Vitalina Silvaum dos vencedores do Prêmio LED.
Negritudes: a brasilidade como fio condutor das narrativas da emissora
Gabriel Jácomediretor de gerenciamento de conteúdo Globocomentou a brasilidade como fio condutor das narrativas da companhia na TV e no cinema, reforçando as singularidades de cada canto do Brasil no projeto Negritudes: “Essa brasilidade é o guia da TV Globo, com seus sotaques, histórias e experiências. Realizamos diversas iniciativas nesse sentido, como a produção de filmes fora do eixo Rio-São Paulo, que têm sido bem recebidos pelo público. No ano passado foram seis produções e já temos oito previstas para 2025 trazendo representatividade na frente e atrás das telas”, estados Jácome.
Narrativas orais passadas de geração em geração ganharam destaque no painel com a presença do ator Amaury Lourençoda poetisa e atriz Elis Lucinda e o líder sociocultural de Cachoeira, Valmir Boa Morte. A memória dos avós e antepassados foi reforçada como extremamente poderosa pelas suas lutas anti-racistas tanto na vida como na arte.
O painel final Régua e Compasso contou com a participação do cantor Tataupelo maestro Ubiratã Marques e o cantor Processou Nunescom o festival a terminar com um concerto da cantora Larissa Luzcom a participação especial de Tatau.
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