Após a audiência que aprovou por unanimidade a concessão de um terreno no Eixo Cultural Ibero-Americano para a construção da sede da Fundação Athos Bulcão (FundAthos), no dia 12 de julho, o caminho agora é preparar um anteprojeto que dará origem a um projeto de lei que autoriza a transferência da área. O secretário de Estado da Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Claudio Abrantes, deu prazo de 15 dias, que expirou ontem, para que o documento seja elaborado. Somente após tramitação e aprovação pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) a concessão deverá ocorrer. Assim que o terreno estiver liberado, serão iniciadas as obras para obtenção dos recursos necessários à construção da sede.
O arquiteto Haroldo Pinheiro, responsável pelo detalhamento do projeto, garante que o processo de saída do edifício deverá ser relativamente rápido. “É um sistema construtivo muito económico e que permite uma construção rápida. Se tudo correr bem e conseguirmos os recursos, é uma obra que pode ser feita rapidamente”, alerta. Pinheiro trabalhou com João Filgueiras Lima, conhecido como Lelé e autor do projeto, para criar a planta. Em seis meses, garante, será possível tirar o prédio do chão, mas antes será preciso fazer o detalhamento. Um estudo realizado no ano passado apresentou uma estimativa de custo em torno de R$ 8 milhões. “É uma estimativa, porque o valor real, como em qualquer construção, só vem depois que tivermos o projeto pronto, detalhado, com cálculos estruturais”, alerta Pinheiro.
Segundo o arquiteto, a ideia idealizada por Lelé é de uma construção simples, que ocupa 70% dos 35m² do terreno. “Seus edifícios são muito bonitos, elegantes e espartanos, não utilizam materiais caros”, alerta. João Filgueiras Lima conhecia bem a região onde a FundAthos deveria estar sediada. Foi ele quem detalhou a marquise e o prédio que hoje abriga a galeria do complexo, projetada por Oscar Niemeyer. No memorial que descreve o projeto FundAthos, uma cobertura ondulada ergue-se na parte central do edifício, formando uma grande clarabóia protegida por policarbonato que ilumina o salão de exposições. “O prédio conta com um sistema de iluminação e ventilação natural que Lelé testou no Sarah, no Rio de Janeiro, com telhado basculante que pode ser fechado ou aberto para iluminação e ventilação direta”, explica Pinheiro, lembrando que Lelé é autor de uma série de projetos da Rede Sarah em cidades como capital do Rio de Janeiro, Salvador e Brasília.
Está previsto um auditório com 100 lugares e possibilidade de ventilação e luz natural, bem como duas salas de exposição. Em um deles, explica Valéria Cabral, secretária executiva da instituição, haverá um museu dedicado a Athos Bulcão, com algumas das cerca de 700 obras do artista que integram o acervo. “Vamos acomodar melhor a coleção”, espera Valéria. O auditório e a sala do museu da nova sede são duas das expectativas de Valéria para a retomada de alguns projetos do FundAthos. Uma das intenções é retornar ao Teatro na Escola, que teve 12 edições e teve que ser fechado em 2012, por falta de espaço na instituição. O projeto reuniu professores e alunos de escolas públicas com diretores de teatro de Brasília para montar peças de autores brasileiros e apresentá-las na própria fundação.
Uma segunda sala expositiva, também prevista no edifício Lelé, será dedicada à produção de artistas contemporâneos. “A ideia é que os artistas se inscrevam e enviem projetos. Hoje, na nossa galeria, expomos os artistas gratuitamente. para propostas, para que possamos fazer a curadoria e selecionar quatro ou cinco, estou pensando em artistas contemporâneos, que tenham alguma coisa a ver com Athos, mas não necessariamente”, alerta Valéria. No espaço multiuso, a ideia é continuar oferecendo oficinas voltadas para crianças do 5º ano do Ensino Fundamental, uma das poucas atividades que a FundAthos consegue manter no espaço alugado na 510 Sul. “Queremos também receber o público e maiores de 60 anos para oficinas gratuitas, além de continuar com lançamentos de livros e nossas palestras sobre patrimônio”, afirma Valéria. “A sede seria um espaço mais adequado e mais acessível ao público em geral”.
Além do auditório, o projeto de Lelé conta com um café projetado para funcionar de forma independente da instalação da Fundação e um depósito para armazenamento do acervo. Também está prevista uma pequena loja onde seja possível comprar serigrafias, azulejos e outros produtos com reproduções de obras de Athos.
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
consultar proposta banco pan
blue site
cartao pan consignado
juros consignados inss
empréstimo banrisul simulador
cnpj bk
o que significa consigna
banco consignado
emprestimos no rio de janeiro
simulados brb
juro consignado