O Bar Beirute, na 109 Sul, será ocupado pela poesia feminina. Hoje, às 18h, será lançado o livro Aí é que são elas II: poesia feminina atual. A obra é uma coletânea de poemas de 29 poetisas brasilienses, mulheres de diferentes gerações e regiões. Organizada por José Sóter, a antologia enaltece a contribuição desses autores para a poesia brasiliense.
Proprietário da editora Semim, responsável pela publicação da obra, Sóter explica que a ideia surgiu como uma continuação do projeto Aí é que são elas, primeiro livro que organizou sobre sete jovens poetisas brasilienses na década de 1980. “É um documento e um registro poético. Na atual antologia há dois que participaram da primeira”, lembra Sóter.
Sobre os textos selecionados, a goiana de Catalão pediu aos escritores que fizessem uma autosseleção: “Cada um escolheu seus poemas, dei total liberdade a ela. O único critério foi que cada um tivesse direito a cinco páginas do livro. Então poderia ser um poema de cinco páginas ou de cinco poemas”. Como a maioria dos autores é de outros estados e alguns do DF, há uma diversidade de visões sobre um mesmo ambiente.
“São poemas que trazem a linguagem brasiliense. A poesia brasiliense foi a principal responsável por uma identidade cultural aqui. É uma literatura comprometida com o cotidiano e com as transformações”, enfatiza Sóter. Construída a partir da forte influência da poesia modernista, a capital apresenta uma literatura com atitude libertária. O próximo projeto do escritor e editor é uma antologia de poetas nascidos em Brasília: “Sou da geração que nasceu poeta em Brasília, mas nasceu fisicamente em outra cidade. Nós (poetas) adotamos a capital federal e ela acolheu nós.”
Ana Maria Lopes, uma das participantes do É Isso É Que São II: Poesia Feminina Atual, descreve o seu trabalho como muito feminista, mas também abordando temas universais: “Escrevo para mim, para sobreviver ao caos quotidiano”. Sobre a produção de poesia feminina em Brasília, ela afirma: “Temos uma equipe incrível de escritoras, mas não temos a visibilidade nacional que merecemos. Nossa pracinha precisa derrubar os muros que nos separam dos grandes centros literários”.
Luciana Barreto registra: “Traço gráfico do meu espanto diante do amor-falta de amor, das injustiças sociais, das angústias existenciais em relação ao ser-estar no mundo, além de problematizar o próprio gesto metapoético”. Para ela, as mulheres encontraram espaço público e político para se expressarem artisticamente, e o DF é um desses lugares.
Serviço
Lançamento do livro Lá estão elas II: poesia feminina atual
Hoje, a partir das 18h, no Bar Beirute (109 Sul)
*Estagiário sob supervisão de Severino Francisco
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