Taylor Swift encerra, nesta terça-feira (20), no Estádio de Wembley, em Londres, uma turnê europeia de três meses com a presença de milhares de fãs.
– “Swiftonomia” –
Antes mesmo de chegar à Europa, a “Eras Tour” já havia se tornado a primeira turnê da história a vender mais de 1 bilhão de dólares (5,45 bilhões de reais) em ingressos. Mas as repercussões económicas vão muito além da venda de bilhetes.
Os preços dos hotéis nas cidades visitadas por Taylor dispararam. Em Estocolmo, para onde foram 120.000 “swifties” em maio, os preços dos quartos de hotel aumentaram “cerca de 295%”, informou a Câmara de Comércio Sueca à AFP.
Em Madri, os dois shows da diva pop injetaram 25 milhões de euros (151 milhões de reais) na economia local.
E no Reino Unido, o Barclays previu que a viagem impulsionaria a economia em quase mil milhões de libras esterlinas num estudo intitulado “Swiftonomics”.
– A terra treme –
Os fãs de Taylor Swift não foram os únicos que acompanharam os shows de perto, os sismólogos fizeram o mesmo.
Em maio, em Lisboa, os espetáculos desencadearam atividade sísmica que se fez sentir num raio de até seis quilómetros à volta do estádio.
E, em Edimburgo, segundo o British Geological Survey, os tremores foram especialmente fortes durante as músicas “Cruel Summer”, “Champagne Problems” e “Ready for It?”. Durante este último, a multidão na capital escocesa liberou uma potência de 80 quilowatts, o equivalente a 6.000 baterias de automóveis.
– Um ataque frustrado –
Os três shows que deveriam acontecer em Viena foram cancelados no início de agosto após a descoberta de um plano de atentado suicida. Segundo o chanceler Karl Nehammer, um conservador, “um banho de sangue” foi evitado.
O principal suspeito, de 19 anos, jurou lealdade ao Estado Islâmico (EI) e “confessou”, segundo os serviços de inteligência.
Um dia depois do anúncio do cancelamento, centenas de “swifties” reuniram-se em vários locais de Viena, improvisando um espectáculo em frente à Catedral de Santo Estêvão ou trocando as famosas pulseiras da amizade, algo que os fãs de Taylor Swift costumam fazer.
– Esfaqueamento –
No dia 29 de julho, três meninas que participavam de uma aula de dança inspirada em Taylor Swift em Southport, noroeste da Inglaterra, foram mortas a facadas. O ataque desencadeou uma semana de violência racista e islamofóbica no Reino Unido.
No Instagram, a estrela disse que estava “completamente em choque”.
Segundo a revista Rolling Stone, a artista conheceu dois sobreviventes do ataque durante um de seus shows em Londres.
Seus seguidores arrecadaram 400 mil libras esterlinas (2,84 milhões de reais) para as vítimas.
– “Tay-gate” –
Mesmo sem ingressos, muitos de seus admiradores iam em massa, às vezes fantasiados, até as proximidades dos estádios para trocar pulseiras e ouvir os shows ao ar livre, prática que ficou conhecida como “Tay-gating”.
Em Madri, 50 mil pessoas se reuniram em uma colina perto do estádio durante as duas noites do show, segundo Taylor Swift. A polícia recebeu dezenas de denúncias de vizinhos, que reclamaram do barulho vindo do estádio Santiago Bernabéu, recentemente reformado para receber shows.
Em Londres e Amesterdão, no entanto, as autoridades instaram os “swifties” a evitarem o “Tay-gating” para não perturbarem o descanso dos seus vizinhos.
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