A Capela São João Menino, em Pirenópolis, é palco do evento Mãos arteiras, que terá recital do mestre de viola Roberto Corrêa e exposição do artista goiano Alex Botega. O evento tem como objetivo arrecadar dinheiro para a pintura do teto da capela, que será feita com técnicas e estilo barroco.
O artesanato goiano com seus namoradeiras e a cor vibrante das chitas fazem parte da produção de Alex Botega. Para a exposição Mãos Arteiras trará esculturas de personagens notáveis de Pirenópolis. O trabalho de Botega já foi exposto em diversas cidades brasileiras, como Anápolis, Goiânia e Brasília. Representou a Arte Popular Brasileira em 2007 na Embaixada do Brasil em Manágua, Nicarágua.
Tadeu e Keila são proprietários do imóvel onde está construída a capela. Estão preocupados com a preservação do patrimônio material e imaterial da região. Como resultado, escolheram os artistas para a exposição. “A viola é um instrumento típico do Brasil rural, principalmente do interior de Minas Gerais e Goiás, então o foco principal do evento é o instrumento”, afirma Tadeu.
“A viola está se espalhando pelo Brasil”, destaca Roberto Corrêa. “Está presente em diversas linguagens musicais, antigas e modernas. A viola nos conecta com nossos ancestrais e, de forma poderosa, válida e valoriza nossa identidade.” O recital de Roberto contará com viola caipira, viola de cocho e cantando músicas originais e clássicas, como Tristeza do Jeca. O instrumentista difundiu internacionalmente a moda da viola, tocou em 29 países e realizou recitais em importantes salas de concerto internacionais como o Konzerthaus em Viena e o Beijing Concert Hall em Pequim.
O jornalista e sociólogo aposentado Tadeu Gonçalves e a servidora pública Keila Tavares, viajantes e encantados pelas artes sacras, tiveram a ideia de construir uma capela barroca em Minas Gerais no século XXI. Corrêa, em mútua admiração pelo casal, aceitou o convite para o evento por acreditar no serviço prestado pelos dois ao patrimônio brasileiro.”No meio do Cerrado, num entroncamento de estradas de terra, construíram uma pequena capela em aproveitamento do século XVIII. técnicas construtivas do século XIX e contratei um escultor para esculpir primorosamente o altar em madeira. Fiquei encantado pela Capelinha, pela coragem e determinação deles e quis contribuir com minha arte”, diz Roberto.
Mãos astutas
No dia 31 de agosto, às 17h, na Chácara Ahcun (18km de Pirenópolis — local após compra do ingresso). Ingressos à venda nos telefones (61) 99621-1066 (Tadeu) e (61) 99983-0771 (Keila), a partir de R$ 100.
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