Iniciado no início deste ano, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT), concluiu o levantamento do acervo de Vladimir Carvalho. Esta etapa é o ponto de partida para avançar na criação de um inventário e, posteriormente, na procura de um espaço de qualidade que proporcione a atenção e os cuidados necessários que estes materiais exigem.
Recentemente, o acervo recebeu outro equipamento de grande valor simbólico, um projetor 35mm da Embaixada da França. Para o cineasta, a chegada deste projetor representa a conclusão do ciclo cinematográfico de um filme, que começa com a captação de imagens pela câmera e termina com o dispositivo que entrega a obra ao espectador. “O projetor é uma espécie de ponto final do processo cinematográfico, pois é quando o filme entra em contato com o público. No acervo todo ele completa um ciclo”, afirma.
Um dos mais importantes documentaristas brasileiros, Vladimir Carvalho, é o guardião da memória e da história do cinema nacional e, principalmente, de Brasília. Além de 60 anos de contribuições em obras audiovisuais, o documentarista possui um vasto acervo de filmes, localizado na Fundação Cine Memória, criado e mantido por ele.
Nascido na Paraíba e residente em Brasília desde o final de 1969, Vladimir passou os últimos 54 anos pesquisando, colecionando e armazenando memórias e registros físicos da história do cinema brasiliense. O acervo conta com livros, filmes, equipamentos, objetos, fotos, recortes, documentos e até sala de projeção. “Tenho cerca de meia tonelada de equipamentos, entre câmeras, refletores e material fotográfico”, diz ele.
A casa que abriga a Fundação Cine Memória fica na W3 Sul e hoje os dois andares são ocupados por um verdadeiro museu do cinema brasileiro e nacional. Porém, o local não permite outra atividade além da residencial e, por isso, Vladimir Carvalho sonha e luta para que todos os materiais e equipamentos recebam um espaço de atendimento e visitação da população.
“Estou doando para qualquer instituição pública, ou mesmo privada, que tenha capacidade de abrigar em local seguro, respeitável, de fácil acesso às pessoas, mas que tenha garantia de segurança”, afirma. “Estou trabalhando para tornar isso definitivo”, acrescenta.
Para Vladimir, a busca por esse espaço é o passo inicial para a criação de uma cinemateca em Brasília, que permita a democratização do acesso a essa memória física, coletada e cultivada por Vladimir. “Tem importância histórica e memorialística, e conta parte da história do cinema feito em Brasília”, destaca. “É uma prévia de uma grande cinemateca que será criada na capital da República”, finaliza.
*Estagiário sob supervisão de Severino Francisco
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