O multiartista carioca Marcos Chaves chega a Brasília nesta quinta-feira (9/12) para o lançamento de Parecia, e eu olhei para trás. O livro reúne 187 imagens que dão um panorama da obra do artista. Com prefácio de Bernardo Mosqueira e ensaio de Luísa Duarte, o livro investiga os elementos que fizeram da obra de Marcos Chaves uma das mais humorísticas da produção brasileira contemporânea. “Marcos Chaves desenhou aquilo que seria a marca do seu gesto poético, ou seja, o deslocamento do que já existe no mundo para nos dirigir um sentido até então inédito, tendo o humor como aliado constante”, escreve Luísa Duarte, no texto que acompanha o livro.
Na obra da artista, objetos comuns do cotidiano ganham significados particulares. São peças como perucas, canivetes, globos, bolsa térmica, livro ou navalha que, ao passarem pela peneira do artista, são redefinidas a partir de uma atitude muitas vezes cheia de humor. Este olhar pode materializar-se sob a forma de objetos, instalações ou fotografias, dependendo da época em que Chaves foi produzido.
Parecia, e eu olhei para trás traz textos em inglês, mas está disponível um QE Code com tradução para o português. Além disso, os primeiros 50 exemplares da obra vêm acompanhados de uma fotografia assinada pelo artista.
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Formado em arquitetura pela Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, Chaves sempre focou no espaço urbano e na forma como as relações ocorrem neste ambiente. O livro, que será lançado às 18h na Livraria Travessa do Casa Park, nasceu do hábito desenvolvido pelo artista de fotografar curiosidades pelas ruas da cidade. A editora escolhida, segundo o artista, é a mesma que criou um livro para uma exposição de Leonilson em Nova York. “Conhecemos a editora que criou o livro para a exposição de Leonilson na América Society, em Nova York. Foi o melhor que já vi. Não conhecia o Leonilson e o designer que o produziu, mas parecia que sim. Ficamos muito impressionados, então o Kevin (sócio do Marcos Chaves) entrou em contato com o produtor e disse que tinha um projeto meu para um livro”, conta o artista.
Nas fotos, a gambiarra é uma espécie de protagonista e, ao mesmo tempo, uma solução bem brasileira para a urgência de um problema e a falta de aparato público ou econômico para resolvê-lo. São imagens, por exemplo, de bueiros isolados com plantas ou tetos cujos buracos foram vedados com placas. A ironia e o bom humor surgem dessas situações inusitadas encontradas nas ruas das metrópoles. Ao notar os buracos no asfalto causados pela chuva no Rio de Janeiro, Marcos notou objetos, pedaços de plantas ali colocados pela população com o intuito de alertar os motoristas. O aspecto lúdico disso o incentivou a pegar a câmera e gravar. “Acho que gambiarra é pura inteligência. A inteligência, que às vezes é mais simples, às vezes também é bastante sofisticada. Vejo que nós, brasileiros, temos uma capacidade de improvisação muito maior do que outras pessoas.”
As 187 imagens de Parecia, e eu olhei para trás foram selecionados pela editora do livro entre os 500 enviados pelo artista. Nesse processo de curadoria, as paridades apareceram e ganharam ritmo próprio na montagem do livro. A longa construção desta última obra rendeu resultados positivos para Marcos Chaves: livros quase esgotados nos Estados Unidos e boa recepção nos lançamentos no Brasil.
Serviço
Parecia, e eu olhei para trás
Por Marcos Chaves. Lançamento nesta quinta-feira (9/12), às 18h, na Livraria Travessa, Casa Park
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