Augusta Barna, artista emergente no cenário musical mineiro e nacional, lança novo álbum intitulado Na garota. Com 12 faixas, totalizando 32 minutos, o álbum é uma viagem sensível e sincera pelas perspectivas, experiências e nuances de Augusta. Com raízes no funk soul e no new soul a obra tem referências dos anos 1970, Michael Jackson e Divina Comédia.
Nascido e criado no Jardim Laguna, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, aos 21 anos Augusta tem se reafirmado e redescoberto cada vez mais como artista. Em 2023 ganhou o Prêmio Flávio Henrique com o primeiro álbum da carreira, Sangramento Desamarrado, eleito um dos melhores álbuns de canções originais mineiras de 2022.
Sangria é uma compilação de linguagens e experimentos sonoros que a levaram a identificar um gênero: funk soul. “Uma das músicas que mais me chamou a atenção no processo, que foi a que mais tive facilidade e me identifiquei, foi olhares, uma alma funk”, diz Augusta, em entrevista ao Correspondência.
Desde o lançamento do primeiro álbum, o projeto Na garota Já começou a ser desenhado dentro de Augusta e fez parte da jornada de redescoberta do artista. “Fiquei muito perdido depois que lancei o Sangria. Tive diversas preocupações em relação à minha estética, às minhas propostas”, afirma.
Dentro desse processo, o álbum surgiu como um despertar musical, profissional e pessoal de crescimento e renascimento. Em meio à confusão, Augusta encontrou mecanismos para se redescobrir e se reconectar com a música: estudos e práticas. “Busquei alguns recursos, desde a pesquisa, de olhar para dentro e ver o que tinha no fundo do peito, de ingressar em uma aula de violão e começar a estudar mais tecnicamente o que precisava para alcançar o som que desejava. Eu gostaria”, diz Augusta.
Com dois anos de diferença entre os lançamentos, o segundo álbum demonstra o amadurecimento musical do artista, pesquisas e estudos mais aprofundados sobre sonoridades, musicalidade e linguagens. Segundo Augusta, esse processo foi fundamental para o desenvolvimento técnico e nascimento do Na Garota. “Fiquei muito perdido em relação à vida, mas mais ainda em relação ao processo profissional. O que esse álbum me traz em termos de evolução é o meu despertar musical”, declara.
Com uma capa glamorosa, na cor roxa, cheia de brilho e espectadores em todas as faixas do Spotify, a estética de Na garota é outro elemento a ser destacado. Tendo por base os géneros musicais predominantes no projecto, numa referência à década de setenta, o conceito visual foi criado e pensado para complementar a alusão a essa década.
“O Brilho é coisa bem anos 70, né? EQueria unir essa coisa que gosto muito, uma década que gosto muito, uma cor que acho muito bonita, justificada também pela musicalidade”, diz. “Eu combinei ser muito anos 1970 em termos musicais com ser muito anos 1970 em termos visuais.”
Além de alusões à década de 1970, Augusta também utilizou elementos animalescos nos espectadores, com roupas com estampa de leopardo e uma performance que remete aos felinos. Nesse aspecto, as referências a Michael Jackson são fortes, dada a utilização da animalização do homem em diversas obras do artista. Porém, Augusta cita principalmente o clipe Preto ou Brancoem que Michael se transforma em uma pantera.
A escolha de mencionar os felinos também se deveu em grande parte ao interesse que Augusta tem pelo livro A Divina Comédia. Quando Dante entra pelos portões do inferno, três animais o aguardam: um leão, um lobo e uma pantera. O simbolismo dos animais encantou muito a cantora, que utilizou a referência no álbum.
Além disso, esses animais remetem a poder, força e sensualidade. Nesse aspecto, Augusta afirma que as letras das músicas Na garota Eles são baseados na vida pessoal da cantora e mostram sua reafirmação como artista. “Estou dizendo ‘gente, estou aqui, estou aqui e vim para ficar”, declara. “O álbum aborda a ideia de que sou uma mulher extremamente feroz e arrogante, e muito externa, ao mesmo tempo que sou muito interiorizada.”
Apesar de mostrar esse lado, Augusta tem um rosto bastante introspectivo e intimista, o que inspirou o nome do álbum. “Na garota Vem de estar sempre muito escondido, né? Eu sou uma pessoa muito reservada com minha vida. Gosto de estar na minha sombra, na minha introspecção, sou essa pessoa”, afirma o artista.
Ao mesmo tempo o lado expansivo da cantora está muito presente no álbum e em outro projeto de sua carreira Sangramento Desamarradoque também tem dualidade: o íntimo e o exposto, o triste e o feliz. “Eu me revelo e me escondo o tempo todo nesse segundo disco”, finaliza Augusta.
Sangria foi o trabalho experimental que lançou Augusta ao mundo. Na garota é o encontro e amadurecimento da artista com sua própria música e, sobretudo, uma demarcação do nome Augusta Barna no cenário musical brasileiro.
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