O cantor Gusttavo Lima, 35 anos, falou sobre honestidade e fazer a coisa certa durante seu primeiro show após ter seu mandado de prisão cassado pela Justiça. Ele se apresentou em Marabá, no Pará, na noite de sexta-feira (27/9).
O artista é investigado pela Operação Integração, suspeito de participar de esquema de lavagem de dinheiro de jogos ilegais, e teve ordem de prisão preventiva expedida nesta segunda-feira (23/9). Na terça-feira (24/9) a decisão foi revogada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, onde corre o caso.
Lima estava fora do país quando foi feito o pedido de prisão. Ele voltou ao Brasil na quarta-feira, dia 25, para cumprir seu novo projeto, Na Grécia, gravado em um barco na região de Mykonos, mesma ilha grega onde completou 35 anos.
Ao final do show em Marabá, o cantor fez um discurso aos fãs que estiveram presentes no Festival Plus, onde se apresentou: “Faça a coisa certa, todo mundo já faz a coisa errada. Seja sincero. Quando o mundo ameaça cair do seu lado, sua honestidade irá salvá-lo.”
“Tenham razão, sejam justos, sejam honestos, para que quando tudo parecer desmoronar, só a sua honestidade os salve. Obrigado a cada um de vocês pelo carinho e pela presença”, continuou. O momento foi registrado pelos fãs e compartilhado nas redes sociais.
Entenda o caso
Foi justamente a viagem à Grécia, citada acima, que chamou a atenção dos pesquisadores da Operação Integração. Entre os convidados da festa de aniversário do sertanejo estavam os investigados José André e Aislla, donos da empresa de apostas Vai de bet.
O casal utilizou a mesma aeronave que transportou Gusttavo para a Grécia e que fez o trajeto Goiânia-Atenas-Cavala na ida e no trajeto de volta, Cavala-Atenas-Canárias-Goiânia. “Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, mostrando que o conluio de Nivaldo Batista Lima com fugitivos não só compromete a integridade do sistema judiciário, mas também perpetua a impunidade num contexto de criminalidade grave”, afirmou o juiz. Andrea Calado da Cruz na decisão que levou ao pedido de prisão do cantor.
A defesa do cantor disse ter recebido com “tranquilidade e sentimento de justiça” a decisão do juiz do Tribunal de Justiça de Pernambuco que revogou a prisão. “A relação de Gusttavo Lima com as empresas investigadas era estritamente de uso de imagem e decorreu da venda de uma aeronave. Tudo foi feito de forma legal, por meio de transações bancárias, declarações aos órgãos competentes e registro na Anac”, disse a defesa.
O Vai de Bet, registrado em Curaçao (onde têm sede muitas empresas de apostas esportivas), tem Gusttavo Lima como patrocinador oficial e garoto-propaganda.
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