O grupo Tuyo foi formado em Curitiba a partir do desejo dos integrantes Lay, Lio e Machado de transformar em música as conversas que mantinham juntos. As letras que navegam em sentimentos profundos com melodia e leveza agora chegam também às crianças com o novo álbum do grupo, intitulado Quem eu quero ser. O lançamento no dia 3 de outubro, mês em que se comemora o Dia da Criança, não poderia ser mais assertivo.
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As oito faixas do álbum permeiam memórias de infância, o que permitiu ao trio se reconectar com sua criança interior. Como resultado, o resultado foi um projeto que cria diálogos horizontais com o novo público. “Ao conversar com esses mini queridinhos, descobri que não existe grande diferença entre adultos e crianças. Talvez a maior semelhança seja que, independente da idade, você sempre tem alguém para te ajudar a nomear as coisas. Quando criança você cai, chora e alguém diz: isso é dor que você está sentindo. Continuamos com isso quando crescemos”, diz Lio, em entrevista ao Correspondência.
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Algumas das músicas retratam experiências mundanas da infância. A famosa frase “há uma primeira vez para tudo” é bastante pertinente quando se fala de faixas como pugque narra o encontro entre o eu lírico e o primeiro animal de estimação. A fase inicial da vida é onde todos têm os primeiros encontros, seja com um cachorro ou com os devaneios que surgem na distração. A primeira faixa do álbum, eu acordeifala sobre esses devaneios e provoca o ouvinte a abrir mão de construções lineares de antemão. Os arranjos criativos que misturam sons de bolhas estourando e peixes no rio proporcionam uma experiência imersiva para os fãs.
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O resgate do trio visitou ambientes pouco amigáveis, mas o objetivo era olhar para as crianças que eram e criar a narrativa de Quem eu quero ser. “Fomos crianças que crescemos em lugares cristãos e, apesar das boas lembranças, tivemos alguns confrontos em relação à nossa sexualidade, às ideologias que cada um de nós tem. Sinto que, de alguma forma, a música tem um poder muito irreversível e incontrolável — mesmo desligada do nosso domínio — de operar na memória e reorganizar as nossas emoções. Tomamos cuidado, pois a ideia não é romantizar experiências traumáticas, nem criticar tudo o que foi violento na nossa infância. A ideia é que possamos olhar para trás de uma forma mais gentil para nós mesmos”, afirma Lio.
“Tendo sido uma criança cristã, vejo que, em muitas coisas da minha infância, senti vergonha ou culpa…Três anos de terapia para visitar a infância e a igreja, mas consegui revisitar memórias nas quais me senti livre. Que me reconheci e hoje falo; nossa, sou eu”, diz Lay. “Aprendi que ainda dá tempo de ser quem eu quero sem me exigir dos parâmetros dos outros”, diz Machado. Ele continua: “o mínimo que podemos fazer como artistas pelas pessoas é realmente ativar esse lugar de voltar a ser criança sem medo”.
Estagiário sob supervisão de Severino Francisco
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