A Ilha do Combu é parada obrigatória para quem procura turismo ecológico, trilhas pela selva, chocolates exclusivos, banhos de riachos e a arte do graffiti no Pará. Saindo de um dos portos de Belém, a travessia leva cerca de 20 minutos, sendo feita em uma embarcação com capacidade para até 15 pessoas, chamada rabeta.
Nesta ilha há cacaueiros, açaís, cupuaçus, pupunhas e diversas árvores amazônicas, além de dezenas de pássaros, macacos e uma infinidade de atrações. Conhecida pela produção de cacau e açaí, a população local estima que vivam cerca de 220 famílias na região, considerada ribeirinha, já que a maioria das residências está localizada às margens do rio.
Desde 1997, o Ilha Combu É considerada uma unidade de conservação caracterizada como APA (Área de Proteção Ambiental). Além do extrativismo vegetal, a população vive da pesca e do turismo. É impossível não se conectar com a natureza neste lugar. Em todos os lugares a floresta amazônica está presente e os moradores encantam os visitantes com sua culinária e arte.
Experiência completa
Todos os dias, vários barqueiros estão à disposição para levar tanto turistas quanto moradores da ilha que precisam atravessar o rio Guamá para trabalhar em Belém. A viagem dura cerca de 20 minutos. Também é possível adquirir o pacote completo com a agência Vida Caboca Turismo, que oferece guia, experiência do tour do chocolate, degustação do produto e todas as etapas da produção.
Depois, vale visitar o restaurante Saldosa Maloca, onde, além de experimentar e experimentar a produção do açaí nativo, o turista tem uma experiência gastronômica únicacom menu degustação, com peixe, camarão, calabresa, arroz com jambu e açaí puro na tigela (que pode ser degustado com três tipos de farinha). Caso opte pelo combo, é possível fazer esse roteiro que sai do porto da Estância Nazaré, que fica na Avenida Bernardo Sayão, 4252, com custo total de R$ 390,00 por pessoa. Também é possível reservar um barco com antecedência.
Vale a pena conhecer
Fábrica de chocolates, plantações, restaurantes e galeria de arte a céu aberto são alguns dos atrativos turísticos que a Ilha do Combu oferece. Passeio de açaí, banho de igarapé, tapioca com café e Street River.
Casa de Chocolate Combu
Em meio aos cacaueiros, açaís, cupuaçus, pupunhas e diversas árvores amazônicas, está a Casa do Chocolate de Combu, uma das paradas obrigatórias para quem visita a Ilha do Combu. O espaço é administrado por Izete Costa, conhecida como Dona Nena, que lá administra a marca Filha do Combu, produção de chocolate e cacau 100% orgânico da Amazônia. Através da fábrica procura reavivar as tradições ribeirinhas e promover melhores condições de vida à comunidade local.
Quem quer visitar ilha Você pode completar um pacote de “turismo de experiência”, tendo a oportunidade de passear entre as plantações, além de ouvir uma explicação sobre todas as etapas da produção do chocolate: colheita, fermentação, secagem, torra, moagem e refino.
A seguir é apresentada a trajetória de Dona Nena, com direito a ver em tempo real a produção de alguns produtos notáveis da Filha do Combu, como a rústica barra de cacau. Durante o passeio, o visitante também tem a oportunidade de experimentar algumas delícias da fábrica, como chocolate quente, café, leite, brigadeiro, chocolates finos e doces artesanais.
Na Casa de Chocolate também há uma loja com produtos Filha do Combu, onde o turista pode comprar diversos produtos e levar para casa as delícias do chocolate amazônico.
Através do site Vida Cabocaé possível adquirir pacotes turísticos para a Casa de Chocolate, que incluem traslado de barco saindo de Belém até a Ilha do Combu. Existem quatro opções para itinerárioscustando entre R$ 100 e R$ 390. O pacote mais caro inclui, além da visita à fábrica, uma imersão na cultura ribeirinha, passando por diversos pontos da Ilha, com menu degustação, açaí, banho em igarapés, finalizado com tapioca, café e pôr do sol.
Açaí e Saldosa Maloca, uma experiência única
Outra atração interessante deste roteiro é acompanhar o processo do açaí. Ao final do roteiro, a fruta é consumida acompanhada de um menu degustação, que vem com duas proteínas, arroz com jambu e farinha; e culminando com um sorvete de açaí. A responsável por todo esse roteiro é a guerreira Prazeres Quaresma dos Santos, mulher nascida na Ilha do Combu, nativa e cuja família ali chegou em 1914.
Uma verdadeira história de vida e dedicação, preservando a florestacultivar o açaí e promover um turismo verdadeiramente sustentável na região Norte. Há visita à área de plantio em mata preservada, simulação de colheita, lavagem e beneficiamento do açaí, culminando na moagem do fruto, onde se extrai a polpa mais natural e ecológica possível.
No espaço anexo ao Restaurante Saldosa Maloca, um dos endereços gastronômicos mais tradicionais da Ilha do Combu, há também uma loja com produtos artesanais, geléias, cafés, açaí, camisetas, colares, pulseiras e biojóias, tudo confeccionado com o floresta em mente. entrega.
Projeto Rua Rio
Quem visita a Ilha do Combu não pode perder o projeto Street River, a primeira galeria de arte a céu aberto da Amazônia. Idealizada pelo artista paraense Sebá Tapajós e curadoria de William Baglione, a ação reuniu dez artistas de diversas formações. regiões do país para retratar, através do grafite, a vida dos ribeirinhos da Ilha do Combu.
Os artistas convidados foram Sebá Tapajós (PA), Tereza Dequinta e Robézio Marqs (Projeto Acidum, CE), Rimon Guimarães e Zéh Palito (Cosmic Boys, SP), Herbet Baglione (SP), Curiot (México), Zezão (SP), Ramon Martins (SP), Enivo e Lobot (A7MA, SP). Mais de 10 casas receberam intervenção artística. As pinturas foram feitas com um tipo de tinta impermeável, que preserva a madeira das palafitas.
Canção dos Pássaros
Outra opção incluída neste pacote é ao entardecer, quando a rabeta percorre o Furo do Paciência e o Igarapé Piriquitaquara até chegar ao restaurante Canto dos Pássaros. Lá somos recebidos por outra família ribeirinha que nos apresenta o local. O maior atrativo é a natureza intacta e o banho no Igarapé. Para o lanche da tarde, tapioca com manteiga e um delicioso café.
Por Cláudio Lacerda Oliva – Revista Qual Viagem
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