As cores, curvas e segredos de Brasília são objetos de inspiração e criação de nomes talentosos da arte brasileira, e Vicente Sá é uma dessas figuras que retrata Brasília com encanto. Em agradecimento e solidariedade ao legado artístico do poeta e colunista para a cidade, hoje o Clube do Choro recebe cerca de 60 obras visuais de artistas brasilienses em leilão beneficente.
Nascido em Pedreiras, no Maranhão, e radicado em Brasília há 40 anos, Vicente Sá vem travando uma batalha contra o câncer, que conta com o apoio de toda a comunidade artística da cidade. O leilão foi motivado por artistas amigos, conhecidos e admiradores do poeta, que se uniram para arrecadar fundos para o tratamento de Vicente.
Com doações de 46 artistas brasilienses, foram agrupadas cerca de 60 obras de arte, entre pinturas, colagens, serigrafias, gravuras, fotografias e esculturas, em um processo que ocorre há dois meses. “Grandes artistas que conheço doaram, todo mundo pediu ao amigo artista e acho que o resultado foi bom”, diz Wagner Barja, que participou da produção do evento.
A partir das 19h30, os amantes e admiradores da arte poderão adquirir obras de artistas como Betty Bettiol, Helena Lopes, Rui Faquini, Hermínia Metzler, Sonnia Guerra, Sheila Tapajós, Wagner Hermusche e Fausto Alvim. A artista visual Helena Lopes destaca a importância da comunidade artística da cidade permanecer unida em momentos de dificuldade. “O que nos move é o carinho que nós artistas temos uns pelos outros, o respeito pela obra e a disponibilidade quando o artista precisa”, afirma.
Para ela, o leilão também é uma oportunidade para os amantes e compradores de arte presenciarem a diversidade artística visual e poderem adquirir obras por um preço mais acessível. “É uma possibilidade de ver obras de tantos artistas diferentes, com propostas diferentes, com técnicas diferentes, juntos em um espaço privilegiado que é o Clube do Choro e em um momento tão especial”, relata. Além disso, a ação permite criar um espaço de visibilidade para artistas iniciantes e menos conhecidos.
O fotógrafo José Roberto Bassul também sabia do objetivo do leilão e contribuiu com o leilão doando uma obra. “Da minha parte é a colaboração de um fã grato por essa produção poética e por toda essa obra lírica cheia de significados e amor por Brasília”, afirma.
*Estagiário sob supervisão de Severino Francisco
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