David Gilmour, guitarrista do Rosa Floydrecentemente esclareceu os motivos pelos quais decidiu vender o catálogo musical da icônica banda. Em entrevista com Los Angeles Timeso músico abordou a venda de sua propriedade intelectual, que inclui os direitos das músicas e gravações do Pink Floyd. A transação, porém, não envolveu a venda de direitos de publicação, o que garante royalties contínuos.
Vender seu catálogo musical tem se tornado uma tendência crescente entre grandes nomes da música, como Bruce Springsteen, Bob Dylan, Queen, Kiss e Genesis, que seguiram o exemplo de outros artistas ao transferirem seus direitos para gigantes da indústria como a Sony.
No caso de Gilmour, ele explicou que a decisão não foi motivada por questões financeiras, mas sim pela necessidade de encerrar uma fase turbulenta de negociações com representantes legais e empresários, que, segundo ele, marcou os últimos 40 anos de sua carreira.
“Não estou preocupado em como a música será usada. O que fizemos com o Pink Floyd é história, já está no passado. Isso foi feito para as gerações futuras”disse Gilmour. O guitarrista, agora mais velho, disse que depois de anos de disputas e brigas entre diferentes equipes jurídicas, decidiu vender para se livrar dessa parte desgastante do processo.
Ele enfatizou que, ao contrário do que muitos pensam, a venda não afetou os direitos de publicação das músicas da banda. Gilmour ainda retém os royalties, o que lhe garante parte da renda gerada com a utilização das músicas.
“A venda foi um adiantamento sobre o que eu teria ganho nos próximos anos de qualquer maneira. O mais importante foi resolver conflitos em torno de disputas jurídicas e comerciais”ele explicou.
Embora o controle sobre o uso da música em filmes, comerciais e outras mídias tenha sido transferido para a Sony, Gilmour expressou indiferença ao uso das faixas em tais contextos, afirmando que não se importa se a música do Pink Floyd for usada em um comercial. . .
Com esta venda, o músico conseguiu separar o que considera as “partes boas” do legado da banda, deixando para trás os aspectos mais difíceis de gerir ao longo da sua carreira. Para Gilmour, a decisão de vender o catálogo foi uma forma de simplificar sua relação com a música e garantir que o legado do Pink Floyd continuasse sendo valorizado de forma prática e descomplicada.
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