Uma das lendas do rock dos anos 70, Bryan Ferry sempre foi conhecido como o líder da Roxy Music. Porém, a carreira solo que construiu é tão extensa quanto a da banda que o tornou famoso. Um dos maiores músicos britânicos a subir aos palcos, o cantor e compositor celebrará, em 2024, 50 anos desde que decidiu seguir carreira solo. Para o período comemorativo, lançou uma grande coletânea que resume e compartimenta a extensa obra que o tornou referência da música mundial.
Bryan Ferry separou sua carreira solo em cinco álbuns. No disco número um estão as faixas populares, em dois composições próprias, em três os covers e interpretações, em quatro o longo trabalho que tem no jazz e em cinco as músicas que vão agradar aos fãs e algumas faixas inéditas, como She Pertence para mim e Star. “Foi ótimo compartimentar minha produção e entender que minha trajetória foi múltipla”, diz Bryan Ferry em entrevista ao Correio. “Foi uma experiência muito agradável”, acrescenta.
O músico entende que a marca de 50 anos de carreira é o momento ideal para olhar para trás e vivenciar essa retrospectiva junto com seus fãs que, muitas vezes, nem percebem que ele envelheceu, afinal, alguns só olham os encartes das décadas de 1970 e 1980, em que posa lindamente para fotos. “Ver meu trabalho compilado me traz lembranças de grandes momentos e lindos relacionamentos. Principalmente ver fotos antigas da época, quando visitei diversos estúdios e países”, afirma o artista.
O vocalista do Roxy Music reconheceu muito a banda com a qual compartilhou o sucesso como o início de tudo. “Fico muito feliz em pensar que colaborei com grandes músicos, tive a sorte de fazer parte desse grupo maravilhoso, que é o Roxy Music”, destaca, que também vê com orgulho sua trajetória pessoal. “Quando fui solo, (minha trajetória) ficou ainda maior, trabalhei com muitas pessoas diferentes de mundos musicais diferentes. Trabalhei com estrelas como Nile Rodgers, Mark Knopfler, David Gilmour. grandes músicos”, exalta.
Sempre em frente
Porém, pensar nos 50 anos também é pensar no presente. Ferry não parou, ele está comemorando esse marco produzindo em um estúdio que construiu no chão abaixo de sua própria casa. “Acredito que estou aqui e fazendo coisas novas porque me mantive fiel a mim mesmo. Você tem que seguir seu próprio destino”, afirma o músico.
Ferry continua procurando maneiras de ser relevante para si mesmo. “Todo dia precisa ser divertido, seu próprio trabalho precisa te entusiasmar e tenho sorte de ser. Sempre lutei para que cada dia fosse diferente do anterior, para que cada álbum tivesse um detalhezinho diferente do anterior. o outro acho que foi assim que consegui construir tanta coisa”, explica o artista. Segundo ele, influenciar outras pessoas que vieram depois é apenas uma consequência desse trabalho. “Acho que a forma de continuar conversando com o público é seguir o próprio instinto. Você trabalha com o que gosta de fazer e espera que as pessoas fiquem tão entusiasmadas quanto você”, completa.
Dessa forma, o artista entende que se tornou um ícone, pois continuou fazendo aquilo que acreditava. “É bom saber que sou citado como influência para outras pessoas, mas temos que seguir olhando para frente e nunca para trás, a não ser que você esteja fazendo um trabalho retrospectivo, como estou fazendo agora (risos)”, brinca. Porém, quando, no início da entrevista, recebeu a referência como lenda, ele recusou: “Isso é gentileza sua”.
O facto de cinco décadas de carreira a solo não é só para os jovens ouvintes e bandas que se inspiram no trabalho que fez, mas também para os jovens com quem partilha o estúdio. “Gosto de trabalhar com os mais jovens, principalmente porque eles sabem usar o computador e estas novas tecnologias (risos). Sou old school, dou a minha experiência e um pouco de sabedoria e recebo de volta o entusiasmo e todo esse conhecimento técnico”, comenta. “É muito legal poder se aprimorar profissionalmente e chegar a pontos que você não alcançaria sozinho. Adoro abrir a mente”, completa.
Com os olhos apenas no futuro, Ferry quer sempre produzir mais independente dos 50 anos de carreira e dos quase 80 anos de idade, já que tem apenas 79 anos. “Ainda tenho muito que fazer, mas pouquíssimo tempo”, diz o cantor viciado no que chama de linguagem universal: a música. “Conseguir me comunicar por meio dessa linguagem universal me dá vontade de continuar, pelo menos por mais 50 anos (risos)”, ressalta.
Brasil
Assim como tantos outros artistas queridos do país, Bryan Ferry tem uma relação especial com o Brasil, mesmo que curta. “Toquei algumas vezes e datas no Brasil, mas devo dizer que a resposta do público sempre foi incrível. As coisas que lanço também sempre têm uma repercussão boa e genuína no país”, lembra o músico.
O artista elogia o público do país: “Acho que o povo brasileiro é realmente muito apaixonado por música, adora os ritmos e melodias que exploro. Porém, sinto que as letras nem são tão necessárias porque os brasileiros entendem o sentimento que é na música”, diz ele. “Todas as experiências com o público brasileiro foram fantásticas. No streaming, continuo vendo que os brasileiros continuam me seguindo”, acrescenta
Por mais que tenha pisado no país, o Brasil nunca saiu da cabeça de Ferry. O desejo de continuar ativo na música também está relacionado aos fãs brasileiros. “É possível sentir uma relação diferente com a música no país. Cada vez que faço músicas novas, espero uma boa resposta do Brasil”, afirma.
*Fábio Grecchi colaborou
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