O Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, é uma data importante para refletir sobre o impacto do racismo estrutural em nossa sociedade e o papel de cada pessoa na promoção de uma comunicação mais inclusiva.
Num país onde mais da metade da população é negra, o combate ao racismo é uma responsabilidade coletiva, que também se manifesta na nossa linguagem. A comunicação humanizada e inclusiva é uma ferramenta poderosa para a construção de espaços respeitosos e acolhedores, onde a diversidade é valorizada.
Ser antirracista significa evitar atitudes ou expressões ofensivas e adotar uma postura ativa que visa desmantelar preconceitos, promovendo o respeito e a empatia. Um dos passos para conseguir isso é eliminar do nosso vocabulário expressões que carregam uma história de racismo.
Com orientação da consultoria BlackID (empresa de comunicação focada na valorização da identidade plural), liderada por Renata Camargo, aqui estão 10 dicas de substituição linguística que ajudam a evitar termos que perpetuam estereótipos raciais e promovem uma comunicação mais inclusiva.
1. “As coisas são pretas” ? “A situação é complicada”
A substituição desta expressão evita a associação negativa com o termo “preta”. A alternativa transmite o mesmo significado de forma neutra.
2. “Denegrir” ? “Difamar” ou “Danos”
Termo que carrega conotações racistas associando “escurecimento” a algo negativo. Alternativas como “difamar” ou “prejudicar” transmitem a mesma ideia sem reforçar estereótipos.
3. “Mercado negro” ? “Mercado ilegal”
Em vez de associar “negro” a algo ilegal, prefira “ilegal” para evitar conotações raciais negativas.
4. “Lista negra” ? “Lista de bloqueio” ou “Lista de restrições”
Essa substituição evita a associação de “negro” a algo indesejável ou proibido, utilizando um termo mais neutro.
5. “Serviço branco” ? “Trabalho bem feito”
A expressão sugere que apenas os brancos fazem funciona qualidade, o que perpetua estereótipos raciais. Usar “trabalho bem executado” comunica qualidade sem preconceitos.
6. “Inveja branca” ? “Inveja leve” ou “Inveja saudável”
A expressão associa a cor branca a algo positivo, reforçando estereótipos. Termos como “light” ou “saudável” expressam a mesma ideia de forma inclusiva.
7. “Coloque preto no branco” ? “Documentar por escrito” ou “Formalizar”
Esta expressão pode ser substituída por “documentar” ou “formalizar”, focando na ação sem associação racial.
8. “Trabalho escravo” ? “Carga de trabalho excessiva”
O escravidão não deve ser usado como metáfora para carga de trabalho. Prefira termos como “carga de trabalho excessiva” ou “alto volume de trabalho”.
9. “Cabelo ruim” ? “Cabelo cacheado” ou “Cabelo afro”
O termo “ruim” carrega uma carga negativa. Usar “cabelo cacheado” ou “cabelo afro” descreve a característica de forma respeitosa.
10. “Escravo da moda” ? “Vítima da moda”
Banalizar a escravidão usando-a como metáfora para algo trivial é desrespeitoso. Prefira “vítima da moda”, que traz a mesma ideia sem referência ao sofrimento histórico.
Essas substituições representam pequenas mudanças que, quando somadas, têm grande impacto na construção de uma cultura organizacional e social mais humanizada e inclusiva. “Adotar a comunicação inclusiva é um convite ao respeito. Quando uma empresa e seus colaboradores valorizam a identidade de cada pessoa, criamos um ambiente onde todos se sentem representado e bem-vindo“, diz Renata Camargo, do BlackID.
Por Taís Lopes
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