“Se eu sou grandioso para você, me desculpe”, diz trecho da música Todosda cantora Liniker. E são essas as letras que a arquiteta e multiartista Yane Diniz mais se anima em cantar em show da artista paulistana, na noite desta sexta-feira (13/12), data em que celebrará sua “lua de mel”.
Yane viralizou nas redes sociais por comemorar “seu aniversário de casamento” na data em que completaria dez anos de casamento. Após 17 anos de relacionamento com o primeiro namorado, seguido de um difícil divórcio, Yane decidiu fazer uma festa na data para comemorar sua “solteirice”.
A comemoração aconteceu no último sábado (12/07), em Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa, ao lado de quinze amigos próximos de Yane. A festa do divórcio contou com votos de amor próprio, feijoada preparada pela mãe e buquê de noiva, que ninguém se atreveu a levar.
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Aos 34 anos, Yane é pesquisadora doutora em questões de gênero na Universidade Federal da Paraíba (Ufpb), e reflete sobre sexualidade e papéis domésticos. “Os estudos me alertaram sobre o quanto o casamento é supervalorizado para as mulheres na sociedade. Mesmo em relacionamentos ruins, manter o casamento – e a aparência de que está tudo bem – parece uma questão de honra.”
O roteiro social imposto às mulheres não inclui Yane, que optou pelo divórcio após descobrir que o ex-marido havia engravidado uma amante. “Muitos me culparam por deixar isso acontecer. Alguns sugeriram que ela mantivesse o casamento porque não conseguiria manter seu padrão de vida”, afirma. Yane não se deixou levar pela premissa social do fracasso ao “perder o homem para outra pessoa” e escolheu a si mesma.
Em meio à burocracia da separação, Yane percebeu que é possível encontrar a felicidade sendo você mesmo. Acolhida por uma rede de apoio de amigos, a arquiteta defende que as mulheres são ensinadas a aceitar pouco e acabam permanecendo em relacionamentos abusivos sem perceber. “Como sou feminista e pesquisadora, ninguém pensava que isso poderia acontecer comigo. Mas tem sido muito bom receber todo o apoio”, explica.
Diante das pequenas conquistas diárias, Yane vê a vida voltando aos trilhos e quer continuar celebrando a autonomia. “Não quero que isso se torne uma triste lembrança de um projeto de vida fracassado.” A arquiteta redefiniu o fim do casamento como a possibilidade de um recomeço pessoal.
Como artista, Yane também decidiu dar outro significado às alianças. Eles foram fundidos e receberam novos significados em novas joias: uma pulseira e um anel. A pulseira traz em seu interior a frase ‘nem doeu’, metáfora usada por Yane para lembrar a criança que cai, se debate, chora, mas volta a brincar.
Segundo Yane, o casamento é uma máquina de oprimir as mulheres dentro do patriarcado e, com a libertação do casamento, ela compreendeu a sua própria luta. “Tirei o véu de noiva e provei minha lucidez neste mundo onde toda mulher é considerada louca histérica quando decide falar em voz alta”, diz ela.
Inspirada em escritoras como Fernanda Young, Yane é uma leitora voraz. Ela lembra que o ex-marido a criticou por comprar muitos livros e ser muito feminista, chegando a perguntar se ela realmente lia as obras ou apenas comprava para tirar fotos. “Eu me libertei como mulher de estruturas consideradas indestrutíveis. Prometo ser fiel a mim mesmo, me amar e me respeitar, na alegria e na doença, na saúde e na tristeza, por todos os dias da minha vida”, comemora.
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