Nesta quinta-feira (19/12), a história por trás O rei leão chega aos cinemas. Mufasa: O Rei Leão narra a saga antes de Simba, investigando a vida de seu pai, Mufasa, e sua trajetória para se tornar rei de tudo que a luz toca. Mufasa inicia sua jornada, ainda filhote, ao lado da mãe e do pai, mas, após uma tragédia, se vê perdido e sozinho.
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Nesse momento surge Taka em sua vida, um cachorrinho igual a ele, que tinha o sonho de ter um irmão. Taka e Mufasa vivem juntos, embora Mufasa não seja muito bem recebido pela família de Taka, que o vê como um estranho. A história de Mufasa reacende a chama da nostalgia de uma geração apaixonada pelo filme de 1994 e revela os passos e tropeços do grande rei da selva.
O Correspondência participou de coletiva de imprensa internacional com os nomes que dublam os personagens do novo filme. Estiveram presentes na coletiva Aaron Pierce e Kelvin Harrison Jr., dubladores de Mufasa e Taka, Billy Eichner que interpreta TImão, Lin Manuel Miranda, produtor das músicas originais do novo filme, e o diretor Barry Jenkins.
Mufasa é um personagem extremamente querido pelos fãs do Rei Leão. O novo filme busca mostrar as facetas desse personagem e levar a uma reflexão sobre todos os passos que foram necessários para o leão alcançar o reinado. Billy Eichner, a voz de Timão, comenta que após ler o roteiro percebeu o quanto havia presumido sobre a história de Mufasa. “Foi muito legal ler o roteiro e ver que todas essas coisas que realizamos ao longo de 30 anos sobre como alguém se torna o pai perfeito, o líder perfeito, estavam totalmente erradas. Me senti mais próximo de Mufasa de uma forma interessante e percebi que o público também se sentiria mais próximo”, diz Billy.
Para Aaron Pierce, que interpreta Mufasa no filme, o personagem é muito querido pelo público porque irradia uma essência de amor, união e solidariedade. O ator comenta que Mufasa é um exemplo e que as pessoas querem alguém como ele em suas comunidades pessoais. “Então, eu estava muito nervoso em contribuir de alguma forma para o belo legado que é Mufasa, nascido do grande James Earl Jones, e espero ter feito isso”, diz Aaron.
Embora Mufasa sempre tenha tido uma boa visão do público, a maior dificuldade de Kelvin Harrison Jr. foi deixar de lado suas convicções. Dublador de Taka, que mais tarde seria conhecido como Scar, seu objetivo era viver o momento com o personagem. “Acho que a maior parte não foi julgá-lo. Gosto muito do personagem da versão original, apesar dele ser o vilão, ele é tão brincalhão, tão animado. Todas essas características ainda permanecem verdadeiras nesta versão”, destaca. Kelvin comenta que, em sua primeira conversa com o diretor, o conselho foi para que o ator vivesse o momento com o personagem.
O diretor Barry Jenkins acredita que o filme oferece uma boa oportunidade para o público reavaliar sua primeira interação com Scar. Ninguém nasce vilão. Qualquer pessoa que esteja realmente zangada provavelmente já se sentiu muito magoada em algum momento. E gosto do fato de trazer esse diálogo e reavaliar algumas noções pré-concebidas sobre Scar”, destaca o diretor.
Lin-Manuel Miranda foi o responsável pela trilha sonora de Mufasa: O Rei Leão. O compositor e dramaturgo está em sucessos da Disney como Encanto e Moana 2. As músicas do filme original de O Rei Leão são grandes clássicos e a história é um dos musicais mais antigos da Broadway. Sobre trabalhar com o peso de um clássico, Lin-Manuel destaca que a trilha sonora original é imortal e não tem erros de Elton John e Tim Rice, nem de Hans Zimmer, na trilha sonora do live action de 2019.
“Se fosse só aquele primeiro filme, acho que teria ficado muito intimidado, mas tinha todo um mundo de músicas de O Rei Leão. Além do musical, tem o álbum da Beyoncé, The Gift, que ampliou o vocabulário de uma música. de O Rei Leão poderia soar então, parecia um mundo incrível para explorar”, destaca Lin-Manuel, cuja arma secreta era Lebo M, a primeira voz a aparecer no filme original “Eu sabia que tinha uma voz incrível. talentos ao meu lado que nos ajudariam chegar ao nível de O Rei Leão”, destaca.
A história de O Rei Leão, seja sobre qualquer um dos personagens, carrega um legado e um sentimento de nostalgia. Para o diretor Barry Jenkins, o motivo pelo qual as pessoas se apaixonaram por O Rei Leão é a emoção e o propósito claro que o filme carrega. “Quer você tenha quatro ou 104 anos, há algo em O Rei Leão para você, e todas essas coisas estavam presentes em Mufasa”, diz o diretor.
Barry ressalta que conseguiu se conectar mais com a narrativa de Mufasa. “Eu senti como se estivesse pegando esses sentimentos muito puros e lindos de encontrar essa história quando criança e expandindo-os, com a complexidade de mais 25 anos de vida. Acho que não só pensando no que acredito que teria essa experiência, mas sendo uma dessas pessoas. Acho que essa foi a chave para entender como fazer esse filme”, destaca Barry Jenkins.
A grande moral do filme é mostrar ao público que o bem e o mal não estão tão bem divididos quanto parece a história original. Mufasa: O Rei Leão trabalha com escolhas e nuances que a vida pode apresentar. Temos impulsos bons e ruins, e ninguém é apenas bom ou apenas mau. E eu acho que poder ter esse tipo de conversa com seus filhos é maravilhoso, quando uma obra de arte permite essa conversa, onde você pode usar esses personagens para falar sobre o mundo real. E acho que este filme faz isso lindamente”, conclui o compositor Lin-Manuel Miranda.
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