A rivalidade entre rappers Drake e Kendrick Lamar continua a agitar as redes sociais e os tribunais.
Depois que Drake acusou a plataforma de streaming Spotify de colaborar com a Universal Music para aumentar artificialmente o número de reprodução da faixa Diferente de nóspor Kendrick Lamar, o Spotify respondeu veementemente, negando qualquer envolvimento neste suposto esquema.
Em documento apresentado à Suprema Corte de Nova York, a plataforma refutou as alegações de Drake e defendeu suas práticas contra a manipulação de streams.
A disputa começou quando Drake acusou a Universal Music e o Spotify de usar “robôs” para impulsionar os números de “Not Like Us”, música de Kendrick Lamar que faz parte de uma sequência de lançamentos provocativos entre os dois artistas.
Drake alegou que a plataforma de streaming estava beneficiando a faixa de Lamar ao promovê-la irregularmente para aumentar o número de reproduções. A música, que já está perto de atingir 1 bilhão de streams, foi descrita por Drake como parte de uma tentativa de manipular o público.
Na sua resposta oficial, o Spotify rejeitou as acusações, alegando que não houve acordo entre a plataforma e a Universal Music para promover “Not Like Us” em troca de taxas de licenciamento mais baixas.
“Contrariamente às alegações, nunca houve qualquer tipo de acordo envolvendo diferentes taxas de licenciamento para promover positivamente a música.”, afirmou a plataforma.
Além disso, o Spotify enfatizou seu compromisso com a integridade dos números, destacando que investe significativamente em revisões manuais e automáticas para evitar qualquer tentativa de manipulação de streams.
Em sua defesa, o Spotify reforçou que adota medidas rígidas para identificar e eliminar qualquer tentativa de manipulação de números de jogo. “Quando detectamos tentativas de manipulação, podemos tomar medidas como remover números de stream e reter royalties, bem como aplicar penalidades”, disse o representante da empresa David Kaefer.
O Spotify também destacou que quaisquer streams artificiais, confirmados ou suspeitos, são removidos de seus cálculos para garantir que os pagamentos de royalties sejam justos e corretos para os artistas que seguem as regras da plataforma.
A Universal Music, por sua vez, também se posicionou publicamente sobre as acusações de Drake. Em comunicado oficial, a gravadora classificou as alegações de “ofensivas e falsas” e defendeu suas práticas éticas de marketing.
“A sugestão de que a UMG faria qualquer coisa para prejudicar qualquer um de seus artistas é absolutamente infundada”, disse a gravadora. A Universal afirmou ainda que seus métodos promocionais são transparentes e que os fãs escolhem, por vontade própria, as músicas que querem ouvir.
Drake e Kendrick Lamar: A disputa entre os dois
A música “Not Like Us” faz parte de uma troca de farpas entre os dois rappers, que começaram a lançar faixas e letras provocativas em uma disputa pública. As músicas carregam pesadas acusações, abordando temas como violência doméstica, pedofilia e abandono paterno, utilizando humor ácido e trocadilhos para criticar os adversários.
Esse confronto entre Drake e Kendrick Lamar não envolve apenas música, mas também envolve questões pessoais e disputas de ego, o que tem gerado grande repercussão nas redes sociais e na mídia especializada.
Com as acusações ainda em curso e sem sinais de resolução, o embate entre os dois artistas continua a chamar a atenção, e as plataformas de streaming, como o Spotify, continuam a ser um ponto crucial nesta polémica.
O caso destaca o impacto que a manipulação de números e a promoção da música podem ter no mercado de música digital, bem como as práticas das principais plataformas de streaming para manter a integridade dos dados e dos royalties pagos aos artistas.
Djenifer Henz – Supervisão de Marcelo de Assis
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