As tradicionais noites de samba do Aruc serão substituídas, neste final de semana, por um estilo de dança diferente: o vogue. Há alguns anos, o Distrito Drag realiza a Mostra de Cultura de Salão, evento que busca destacar os artistas e espaços da capital. Nesta edição, o evento conta com a participação de 10 casas de voguing do Distrito Federal, que se apresentarão em seis categorias, com destaque para a dança voguing, elemento central do universo de salão. O projeto é realizado com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec) e tem o Baile All Black como tema desta edição.
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As danças da cultura de salão, nascidas no subúrbio de Nova York na década de 1970, têm importância histórica, simbolizando a resistência da comunidade LGBTQIAPN+. Esses eventos celebram os corpos ali presentes e oferecem procissões e batalhas aos espectadores. Além das competições de moda, o movimento de salão visa criar redes de afeto. Neste contexto, o coletivo desenvolve este projeto para promover a cultura e resistência queer. Ingridy Carvalho, drag queen e diretora do coletivo Distrito Drag, explica que o espetáculo vai além do entretenimento. “É um ato de memória, resistência e empoderamento, que celebra as identidades LGBTQIA+ e suas contribuições para a arte e a sociedade”, detalha.
O evento será apresentado pela drag artist Simone Demoqueen, que anunciará as categorias: iniciante, passarela, face, soft x drama, vogue OTA e lipsync. Seguindo a tradição dos salões de baile, os artistas representantes de cada casa se apresentam em categorias performáticas, como dança, desfile e dublagem, e recebem notas de um júri.
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Uma das concorrentes da noite, a Casa Onija — residente no Mercado Sul — mistura elementos da cultura afro-brasileira com apresentações. Em conversa com o CorrespondênciaCeillen Selene fala sobre os preparativos da casa para o evento. “Estamos trazendo uma atuação intensa, aliada a elementos místicos, passinho, capoeira e, claro, muita vogue, que são elementos que combinam com a gente, com quem vai se apresentar e com a casa”, destaca.
O All Black Ball não é apenas uma competição, mas uma celebração da diversidade e expressão artística da comunidade LGBTQIAPN+. Cada apresentação é uma oportunidade para os artistas demonstrarem habilidades e criatividade, ao mesmo tempo que promovem um espaço seguro e acolhedor para todos os participantes e espectadores. O evento busca reforçar a importância da visibilidade e do reconhecimento dos talentos queer, estimulando um ambiente de apoio mútuo e empoderamento. “Quando comecei, ainda estava me descobrindo em vários aspectos da minha vida, tanto com questões de gênero quanto com ser artista, e tudo isso repercutindo no meu lugar no mundo. Hoje sinto que a vogue é o lugar onde posso me sentir confortável para me expressar de forma natural, artística e profissional”, explica Ciellen.
SERVIÇO:
Exposição de Cultura de Salão
Sábado, 18 de janeiro, a partir das 20h, na quadra da escola de samba Aruc (Área Especial 8, Cruzeiro Velho). Entrada gratuita. Classificação etária: grátis
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