No ar como Coroa na série Cidade de Deus — A luta não paraAndré Dead celebra a importância da produção original de Max. “Nesse trabalho você pode olhar para alguns personagens e se ver representado. Acho que é esse o caminho. Eu me vejo representado em vários personagens negros poderosos da série. E isso toca em outro. É genuíno. Você vê que os personagens no pulso da comunidade, é visível esse lugar da política que a série trouxe. Na minha visão, a arte não é só para entreter.
O artista comemora o fato de hoje podermos ligar a televisão e assistir tantos negros trabalhando em diversas plataformas de streaming e emissoras. “Como diz a série do Max: a luta não para. E, para nós que somos negros, não para. Nossos ancestrais lutaram muito para que tivéssemos liberdade. Aqueles que vieram antes, enfrentaram muitas dificuldades, tramaram muitas batalhas para prepare o terreno para nós e estamos lutando para tornar esta terra mais inclusiva para a próxima geração”, diz Dread.
Cidade de Deus — A luta não para é uma sequência do premiado filme homônimo de 2002, dirigido por Fernando Meirelles. Baseado na obra do escritor Paulo Lins, o spin-off se passa 20 anos depois dos acontecimentos do longa, no início dos anos 2000. O ator de 43 anos comemora que as plataformas de streaming passaram a dar mais oportunidades para pessoas negras entrarem no mercado audiovisual.
“Esse canal tornou o mercado mais inclusivo para nós, que antes só dependíamos das emissoras para funcionar. Até a televisão teve que passar por adaptações desde o surgimento do streaming. streaming. Obviamente, muitas coisas ainda precisam mudar, mas temos que comemorar uma vitória de cada vez”, comemora Dread.
Sensibilidade
Com participações notáveis em produções como a novela A regra do jogo (Globo), o recurso 5x Favelaa série policial A Divisão (Globoplay), o documentário Cadê o Amarildo (Globoplay) e a série de comédia Armadilha (Globoplay), André Dread destaca sua sensibilidade como elemento-chave em seu trabalho.
“Sou um ser humano muito sensível e já tive vergonha disso. Tive que fazer muita terapia para admitir isso. Hoje me admiro nesse lugar”, revelou Dread. Para ele, o arco dramático de um personagem é fundamental para motivar sua atuação. “Não tenho nenhum problema em bancar o criminoso. Já interpretei vários, assim como policiais. sobre carinho, amor, tentando suavizar e mostrar outras camadas”, disse.
O ator também enfatizou que busca evitar estereótipos em suas interpretações. “Não preciso xingar ou fazer cara feia para ser mau. Estudo muito quando me deparo com esses personagens e procuro sempre procurar algo que me desafie artisticamente.”
Sobre suas inspirações, Dread, que é da Cidade de Deus, destacou a importância de um longa-metragem gravado em sua região, que foi fundamental para despertar sua paixão pela atuação. “Ser originário do território e ter sido tocado por este filme, foi a minha maior inspiração para ser ator hoje.”
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