Rio de Janeiro – O Brasil precisará investir pelo menos US$ 100 bilhões — equivalentes a cerca de R$ 558 bilhões a preços atuais — para reverter o déficit de acesso ao saneamento básico no país. O número foi apresentado pelo ministro das Cidades, Jader Filho, na primeira reunião ministerial do Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do G20, realizada na manhã desta segunda-feira (22/7), no Rio de Janeiro.
Segundo o ministério, em 2022, cerca de 30 milhões de brasileiros não tinham acesso a água tratada. A meta é universalizar o acesso até 2033. Em relação ao saneamento, 90 milhões de pessoas não tiveram acesso no ano passado e a meta é reduzir esse número para cerca de 20 milhões até 2033, atingindo 90% de cobertura.
Ao apresentar os dados, Jader Filho apelou para que outros países se envolvam na garantia do acesso ao saneamento às populações de países que vivem a mesma situação do Brasil.
“Para garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água e do saneamento para todos, é essencial que os países tenham em conta a necessidade de mobilizar activamente os recursos financeiros internacionais. Neste contexto, apelo aos países para que façam esforços para desenvolver e melhorar os mecanismos que viabilizam estes recursos”, afirmou.
O grupo de desenvolvimento deverá debater três temas principais: acesso à água e ao saneamento, redução das desigualdades e cooperação bilateral.
Em discurso de abertura do encontro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que é coordenador do grupo de Desenvolvimento, afirmou que a falta de serviços básicos amplifica a pobreza e é uma das dificuldades para o Brasil alcançar o desenvolvimento. “A água potável e o saneamento básico são cruciais não só para o progresso económico e social, mas também para a garantia dos direitos humanos, incluindo o direito à saúde e a um ambiente limpo, saudável e sustentável”, destacou.
Vieira lembrou que o Brasil possui uma das maiores reservas de água potável do planeta e, ao mesmo tempo, abriga o semiárido mais densamente povoado do mundo. “Este cenário representa o duplo desafio de preservar os nossos recursos hídricos e garantir uma melhor distribuição do seu uso”, afirmou.
A universalização do saneamento básico é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), acordados entre 193 países, incluindo o Brasil. De acordo com o pacto, até 2030 estes países devem garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água e do saneamento para todos.
A ministra do Plano e Orçamento, Simone Tebet, que também liderou o debate, afirmou que “a falta de acesso à água, saneamento e higiene é uma das dimensões mais visíveis da desigualdade social”. “É um dos elementos centrais para o desenvolvimento sustentável. Portanto, atingir esta meta, acordada para 2030, exige uma priorização política e uma mobilização conjunta dos sectores, não só dos organismos públicos, mas do sector privado e da sociedade civil a nível nacional e internacional”, destacou.
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